TCU livra Dilma e responsabiliza diretores por Pasadena

O Tribunal de Contas da União determinou nesta quarta-feira, 23, a indisponibilidade dos bens de 11 executivos da Petrobrás, entre eles o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, devido ao prejuízo de US$ 792,3 milhões apontado pela Corte na compra da refinaria de Pasadena pela estatal, em 2006.

Gabrielli se recusou a comentar a decisão do TCU. A decisão do Tribunal indicou que a diretoria executiva da companhia à época foi responsável pela aquisição e pelos prejuízos causados à União com o polêmico negócio.

Com isso, o processo de investigação do tribunal será transformado em outra ação, de tomada de contas. Os 11 diretores da estatal ficarão com os bens indisponíveis quando forem notificados oficialmente da decisão desta quarta.

Gabrielli informou que só se pronunciaria "nos autos". "Não vou falar nada com a imprensa. Só falarei nos autos", disse Gabrielli, que atualmente é secretário estadual de Planejamento da Bahia.

A decisão do colegiado do tribunal excluiu a presidente Dilma Rousseff da responsabilidade sobre o caso, assim como os demais conselheiros de administração da Petrobrás na ocasião.

Entre os citados estão, além de Gabrielli, Nestor Cerveró, então diretor da área internacional, e Paulo Roberto Costa, à época diretor de abastecimento. Costa está preso desde maio na Polícia Federal do Paraná.

Também foram citados pela decisão Luís Carlos Moreira, ex-gerente da área internacional; Renato de Souza Duque, então diretor de serviços; Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração e Produção; Ildo Sauer, ex-diretor de Gás e Energia, e Almir Barbassa, que ainda ocupa o cargo de diretor financeiro da estatal.