Acusado de favorecimento -
Supremo arquiva inquérito que investigava Gabriel Chalita; entenda
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki arquivou um inquérito que apurava se o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) tinha despesas pessoais pagas por empresas que mantinham contratos com a secretaria de Educação de São Paulo no período em que o parlamentar comandava a pasta, entre 2003 e 2006, no governo de Geraldo Alckmin (PSDB).
O arquivamento atendeu um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. No fim do mês passado ele enviou parecer ao STF dizendo que não possuía provas dos supostos delitos para justificar o prosseguimento das investigações.
De acordo com Janot, o analista de sistemas Roberto Grobman, que acusou Chalita de ter suas despesas pagas por empresas, não foi encontrado para depor e confirmar as acusações que fez em depoimentos ao Ministério Público paulista.
O procurador ainda explicou que as outras pessoas que figuram no processo deram depoimentos favoráveis ao deputado.
As suspeitas criminais em torno de Chalita foram enviadas ao Supremo porque o deputado tem direito a foro privilegiado. Outras investigações sobre o parlamentar, relacionadas a improbidade, que não precisam ir para o Supremo, continuam a ser apuradas pelo Ministério Público de São Paulo.
CASO
As acusações de Grobman contra Chalita foram reveladas pela Folha em fevereiro do ano passado. O analista de sistema disse que ocupou o cargo de assessor especial na Secretaria de Educação por indicação do empresário Chaim Zaher, dono do grupo COC, que fornecia software educacional para o governo paulista.
Segundo Grobman, Zaher pagava despesas pessoais de Chalita em troca de contratos com a secretaria da Educação. O empresário nega enfaticamente que tenha bancado o então secretário para conseguir novos negócios.
Chalita e seus advogados sempre negaram as acusações.
Fonte: Com informações da Folha Online