Duelo entre Dilma e Aécio -

PSDB decide se opor às propostas de ajuste fiscal enviadas ao Congresso

O PSDB decidiu se opor às propostas de ajuste fiscal enviadas pelo governo ao Congresso. Isso levará o tucanato a viver uma experiência paradoxal. Acusado por Dilma Rousseff durante a campanha presidencial de tramar medidas impopulares, o ex-presidenciável Aécio Neves comandará a resistência ao pacote indigesto embrulhado por Joaquim Levy, um ex-colaborador do time econômico do seu comitê eleitoral.

Ao nomear para o Ministério da Fazenda Joaquim Levy, egresso da diretoria do Bradesco, Dilma parecia ter sequestrado a agenda do seu ex-oponente, condenando-o ao silêncio. Mas Aécio e o tucanato refinam o discurso. Além de realçar o “estelionato eleitoral” praticado pelo petismo, sustentarão que o ajuste encampado por Dilma a contragosto é “tímido”. Limita-se a “aumentar impostos” e a “suprimir direitos” trabalhistas e previdenciários.

Para não ser acusado de repetir a oposição radical que o PT fazia ao governo Fernando Henrique Cardoso, o tucanato planeja emendar as propostas do governo. Alega-se que falta ao embrulho de Dilma, por exemplo, medidas que imponham sacrifícios maiores à União e preservem os investimentos, indispensáveis à retomada do crescimento da economia.

O PSDB sinalizou seus planos aos parceiros de oposição —DEM, PPS e Solidariedade. Sem prejuízo de que cada legenda formule suas emendas, espera-se que a oposição atue em conjunto, forçando o PT de Dilma a defender as medidas impopulares que ela dizia na campanha que não eram necessárias.

Fonte: Com informações do Uol

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