Atuação no caso precatórios -

Professores são aconselhados a irem ao Fantástico denunciar advogados

Os cerca de mais de 11 mil professores que estão travando nos Tribunais uma briga contra os advogados que querem ter direito a 27% dos R$ 400 milhões referentes a precatórios que cabem aos membros da classe docente que na década de 90 não recebiam sequer o salário mínimo, foram aconselhados a procurarem a produção do Fantástico.

A revista eletrônica da TV Globo, em janeiro, tratou de um caso onde advogados estariam cobrando valores abusivos de trabalhadores rurais que “esperou meses, até anos para receberem a aposentadoria a que tinham direito”.

“Só que nessa espera eles foram enganados por advogados espertalhões. Vários desses advogados já foram condenados, outros, acusados por tirar proveito da falta de informações dessas pessoas para ficar com dinheiro delas, sem nenhuma vergonha”. Esse duro trecho iniciou a matéria exibida no jornalístico da maior rede de televisão do país.

Na matéria exibida em um domingo, o corregedor nacional da OAB Claudio Stabile chegou a dizer que “existe regra que impede que o advogado receba um valor maior do que o cliente ao final do processo”.

O grupo de advogados piauienses quer morder R$ 106 milhões do montante, e não os 27% sobre o 1% dos R$ 400 milhões a que o Sindicato, que na época foi acionado para defensor os defensores, tem direito. O que corresponderia a 27% de R$ 4 milhões.
Os advogados que recorreram ao presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado, para reaver aquilo que achavam de direito, foram Luciano Paes Landim, ex-secretário de infraestrutura do governo Wellington Dias e Robertônio Pessoa, que não podiam advogar em causa própria.

EXEMPLO DE UM PROFESSOR QUE TEM A RECEBER R$ 14.616,36
Uma das professoras que seriam beneficiadas é Lurdes Melo, ex-candidata ao Governo do Estado do Piauí. Ela deve encabeçar essa luta junto à classe, já que tem mais notoriedade e poder de fogo. Ela citou o exemplo de quanto ficarão os professores que terão direito a receber até R$ 15 mil de indenização do Estado.

O valor exato de um professor beneficiado que se enquadra neste caso é de R$ 14.616,36. O desconto ao SINTE é de 1%, ou seja, R$ 146,16. O do honorários é de 27%, totalizando sobre o valor R$ 3.946,42. Para a Previdência desconta-se ainda 8%, o que corresponde a R$ 599,10. Sobra, como valor líquido, para o professor a cifra de R$ 9.924,68.

Fonte: None

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