Campo Maior -

Pré-candidatos a vereador do lado de Ribinha são quase 60; Joãozinho Félix tem cerca de 15

O pré-candidato Professor Ribinha (PT), que irá disputar uma vaga para a Prefeitura de Campo Maior, possui uma lista de quase 60 interessados em tentarem o pleito para vereador do município - um número muito superior aos cerca de 15 pré-candidatos ao lado de Joãozinho Félix.

A pré-candidatura de Joãozinho Félix (PPS) sofreu um grande choque nas últimas semanas após denúncia do Ministério Público de que o ex-prefeito da cidade teria sido o mandante do assassinato de Alípio Ribeiro, irmão de Arnaldo Ribeiro, apresentador na TV Antena 10.

Informações de bastidores revelaram que, com a notícia, as chances de Joãozinho diminuíram consideravelmente, possibilitando que ele acabe cedendo a vaga para seu irmão, o deputado estadual, Antônio Félix (PSD). O fato também pode assustar muitos pré a vereadores.

Entramos em contato com a assessoria de comunicação de Joãozinho Félix que disse que prefere informar os nomes dos pré-candidatos após as convenções. Assim que quaisquer outros pré-candidatos entrarem em contato, iremos divulgar todas as informações a respeito de suas chapas.

Confira a lista completa:

PRB 10

1 Wilden Brito
2 Zeze
3 Mauro do hospital
4 Xavier
5 Zefa Miranda
6 Júlio
7 Rui Barbosa

PROS 90

8 Maria Páscoa
9 Geraldinho Paz
10 Gabriela Pinho
11 Idelfonso Alves
12 Francisco Cavalcante
13 Luana de Campo Maior
14 Diego Nacimento
15 Jose Reinaldo

PMB 35

16 Ana Cleia
17 Sgt.Lisboa
18 Edilson Piteko
19 João Henrique
20 F.Royttman
21 Branco

REDE 18

22 luis Cesar
23 Antonio Ovidio
24 Inaiara
25 Raimundo Parente
26 Rocha

PV 43

27 Manoel Doca
28 Silvia do Cau
29 Gilberto do Saae
30 David Tayná
31 Prof Cruizinha
32 Arnaldo Araujo
33 Prof. João Henrique
34 Francisco do Brejinho
35 Lourde Conceição
36 Francisca Alto do Meio
37 Democracia
38 Gerson Luis
39 Eduardo (Matadouro)
40 Junior da Pipa
41 Antonio Carlos
42 Edmilson

PC DO B 65

43 Capitão Paz

PT 13

44 Zé Pereira
45 Domingos Abreu
46 Edilson da Vargen
47 Rademax
48 Ida
49 Antonio José
50 João Maroca
51 Fernando Miranda

SOLIDARIEDADE 77

52 Edvaldo Lima

PT Do B - 70

53 Luís Lima
54 Maninho
55 Lustosa
56 Mércia Maria
57 Osvaldo Ibiapina

PSL 17

58 Antonio Carlos

PTN 19

59 Alonso

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Após denúncia de assassinato, Joãozinho pode ceder candidatura para Antônio Félix

O ex-prefeito e pré-candidato a prefeito de Campo Maior, Joãozinho Félix (PPS), que na segunda-feira (18/07), foi surpreendido com a denúncia do Ministério Público Estadual de que seria o mandante do assassinato de Alípio Ribeiro, em 2009, pode fazer com que ele desista da pré-candidatura e ceda a vaga para seu irmão, o deputado estadual Antônio Félix (PSD).

“Muito provavelmente o Joãozinho irá desistir de sua pré-candidatura, pois a notícia da denúncia foi como uma bomba. Foi muito chocante em toda a cidade”, afirmou uma pessoa próxima dos Félix.

Um outro interlocutor ligado aos Félix, afirmou que a única coisa que pode fazer com que ele não desista da sua pré-candidatura seria a vaidade da família.

“Todos os Félix são muito vaidosos. Eles não aceitam voltar atrás. Eles preferem perder a eleição do que ceder. Mas essa foi uma acusação muito grave”, afirmou.

RIBAMAR COELHO É UMA OUTRA ALTERNATIVA

O pré-candidato e advogado Ribamar Coelho (PTN), que possui uma proximidade com Antônio Félix, pode ser uma opção para a família lançar um candidato sem mexer com alguém da própria família. A escolha de Coelho, dizem alguns, seria porque ele seria facilmente manipulável.

“Eu acredito que sou a escolha natural para substituir o Joãozinho. Mas, caso fosse escolhido por eles, eu não seria um fantoche que faz tudo o que eles querem. Eu sou um candidato independente”, afirmou o advogado em entrevista ao 180graus.

JOÃOZINHO NEGA

Apesar das conversas apontarem, cada vez mais, a desistência como uma certeza, o pré-candidato pelo PPS nega as informações e diz que não há a mínima possibilidade dele desistir.

“Não existe nenhuma possibilidade de eu ceder essa candidatura para o Antônio Félix. Eu irei concorrer, pois a verdade irá prevalecer e as pessoas saberão que sou inocente”, afirmou Joãozinho ao portal.

R$ 150 MIL POR DUAS VIDAS

O ex-prefeito de Campo Maior e pré-candidato a prefeito do município, Joãozinho Félix, é alvo de uma denúncia do Ministério Público Estadual o acusando de ser o mandante da morte de Alípio Ribeiro dos Santos, irmão do apresentador do programa televisivo Cidade Alerta, da Antena 10, Arnaldo Ribeiro dos Santos, que também só não morreu porque, segundo a denúncia, Félix não teria pago o valor todo do contrato, R$ 150 mil pelas mortes.

O aditamento à denúncia que já tramitava na Justiça Estadual ocorreu no início de junho deste ano e é assinada pelo promotor de Justiça Luciano Lopes Nogueira Ramos. Até o momento não houve manifestação do Juiz de Direito da 1ª Comarca de Campo Maior. Para Joãozinho Félix ser considerado réu, a denúncia terá que ser recebida pelo magistrado.

Na época do crime, em 2009, o irmão do hoje apresentador era vice-prefeito de Jatobá do Piauí, reduto eleitoral do clã Félix. Já o atual apresentador da Antena 10 era radialista na região e deferia duras críticas contra o então prefeito de Campo Maior. Insatisfeito, Félix teria, por intermédio de Rosa Silva Freitas, outro nome a aparecer no aditamento, contratado um grupo especialistas em pistolagem para por fim à vida dos dois irmãos. Simples assim.

Primeiro seria assassinado o vice-prefeito de Jatobá - e assim foi feito -, para causar dor no irmão, e depois seria assassinado o próprio radialista.

DO FATO DELITUOSO
- QUERIA A MORTE TAMBÉM DO APRESENTADOR“

O denunciado João Félix de Andrade Filho na razão de sua condição de político e prefeito no ano de 2009 passou a hostilizar Arnaldo Ribeiro dos Santos [hoje apresentador na TV Antena 10] que realizava críticas em relação ao primeiro denunciado [o prefeito Joãozinho Félix] na época que antecedeu o crime descrito na denúncia”, inicia o MP.

“Em razão de ser inimigo de Arnaldo Ribeiro dos Santos, por volta do mês de junho de 2009, o denunciado João Félix de Andrade Filho procurou a denunciada Rosa Maria Silva Freitas e solicitou que está contratasse alguém para matar a vítima Alípio Ribeiro dos Santos em razão do motivo torpe por ser irmão do jornalista Arnaldo Ribeiro dos Santos para que a morte da vítima atingisse o jornalista, bem como a morte de Arnaldo Ribeiro dos Santos”, acrescenta.

- CONTRATOU POR R$ 150 MIL, MAS NÃO PAGOU O VALOR

Segue o Ministério Público: “A denunciada Rose Maria Silva Freitas entrou em contato com o Marcos Gago que vem a ser o Marco Aurélio Pereira Araújo e contratou este pelo valor de R$ 150.000,00 para matar Alípio Ribeiro dos Santos e Arnaldo Ribeiro dos Santos”.

“O denunciado Marco Aurélio Pereira Araújo (Marco Gago) procurou os acusados Francisco Teixeira Dantas e Francisco Teixeira Dantas Júnior para encomendar o assassinato da vítima e de Arnaldo Ribeiro dos Santos – sendo que o acusado Marco Aurélio Pereira Araújo (Marco Gago) era proprietário de uma parte do Hotel Colonial localizado em Teresina (PI) e vendeu a sua parte para Dede Macedo que repassou para o acusado Francisco Teixeira Dantas (...), sendo que o réu Marco Aurélio Pereira Araújo (Marcos Gago) conhecia o acusado Francisco Pereira Dantas”.

Mais: “Os denunciados Francisco Teixeira Dantas e Francisco Teixeira Dantas Júnior contrataram os acusados Raimundo Carneiro da Silva e João Batista da Silva Reis para executarem a vítima Alípio Ribeiro dos Santos e posteriormente Arnaldo Ribeiro dos Santos”.

“Os réus Raimundo Carneiro da Silva e João Batista da Silva Reis saíram de Teresina e na manhã de 22 de junho de 2009 chegaram numa motocicleta, sendo que um com capacete e o outro sem capacete, e de forma inesperada e sem chance de defesa do ofendido deram quatro tiros na vítima Alípio Ribeiro dos Santos que estava no pátio da Secretaria Municipal da Saúde, Campo Maior, com o intuito de matá-lo, sendo que os tiros causaram a morte do ofendido em razão da ação perfuro-contundente dos projeteis que atingiram a vítima”.

“Os denunciados Raimundo Carneiro da Silva e João Batista da Silva somente não mataram em outra data posterior a vítima Arnaldo Ribeiro dos Santos a mando dos acusados Francisco Teixeira Dantas e Francisco Teixeira Dantas Júnior porque o acusado João Félix de Andrade Filho não pagou o valor contratado".

QUADRILHA ESPECIALIZADA EM PISTOLAGEM

Ainda segundo o aditamento do MP, “os denunciados Francisco Teixeira Dantas (Dantas), Francisco Teixeira Dantas Júnior (Júnior ou Pajeú), Raimundo Carneiro da Silva (Mucura ou Raimundinho) e João Batista da Silva Reis (Batista) integravam uma quadrilha especializada na prática de homicídio por encomenda (pistolagem) (...)”.

Até agora tinham sido denunciados e se tornaram réus na ação do Ministério Público, Francisco Teixeira Dantas (Dantas), Francisco Teixeira Dantas Júnior (Júnior ou Pajeú), Raimundo Carneiro da Silva (Mucura ou Raimundinho) e João Batista da Silva Reis (Batista).

SAIBA QUEM FOI ALÍPIO RIBEIRO

Alípio acordou cedo como todos os dias. Aos 50 anos, dedicava-se ao trabalho como agente de endemias na Secretaria de Saúde de Campo Maior com o zelo de alguém que gostava do que fazia. Ele passou na casa da sua irmã, e madrinha, a já idosa professora aposentada Raimunda Ribeiro, que padecia de um câncer e tomou café, o último. Ele pediu a benção, perguntou como ela estava e saiu da casa que um dia pertenceu aos seus pais. Menos de uma hora depois ele foi assassinado com quatro tiros.

Já passava das 7h do dia 22 de junho de 2009 quando Alípio cruzou o portão do seu trabalho, que fica próximo à BR-343, em Campo Maior. Uma dupla de moto passou depois dele. “Alípio”, gritou um dos rapazes que estavam na motocicleta. Quando ele olhou para trás, já foi surpreendido com o primeiro tiro. O segundo não demorou, depois outro e o último. Os disparos atingiram as suas costas e o impacto nas suas vértebras fizeram o corpo de quase 80 kg desabar no chão do pátio.

Um minuto foi suficiente para os rapazes da moto dispararem mais um tiro no pneu de um carro que estava ali perto, talvez para evitar serem perseguidos. A fuga foi perfeita. A adrenalina foi o combustível que os levou para longe de qualquer suspeita.

Sem saberem o que estava acontecendo, as pessoas próximas ao local do crime reagiam de várias formas. Umas se esconderam, outras correram para longe e outras para perto. Ninguém sabia exatamente o que se passava, mas uma coisa era certa: um corpo ensanguentado dava seus últimos suspiros.

Todo alvoroço motivado pelo barulho dos tiros havia cessado quando as pessoas começaram a se aglomerar ao lado do homem de camisa amarela e calça azul que estampava nas costas orifícios onde filetes de sangue pareciam mais escuros que o normal.

Como ali era uma área da saúde, não demorou até alguém aparecer para constatar o pior: aquele era Alípio e ele estava morto.

Concursado da Secretaria de Saúde ele se preparava para se aposentar, afinal eram 30 anos de serviços prestados. Bem prestados. Ele já havia feitos todos os procedimentos necessários e seu plano era viver com tranquilidade em Jatobá do Piauí e aproveitar a velhice. Ele tinha três filhos, que fazia questão de dizer que eram estudiosos e trabalhadores. Os seus três netos perderam um avô presente como nenhum outro.

Trabalhador, honesto, calado, reservado e responsável. Seja em Jatobá do Piauí, sua terra, ou em Campo Maior, quem o conhecia sempre tem algo para elogiá-lo, e não é só porque ele morreu.

A pior parte talvez não tenha sido morrer, afinal, o crime já havia sido praticado e era uma situação irreversível. O que veio nos dias seguintes foi cruel. Começavam a espalhar na cidade que Alípio devia a agiotas e por isso foi assassinado. Também houve boatos de que foi um crime passional, motivado por desavenças amorosas.

As maldosas especulações chegaram a dominar os meios de comunicação, em especial ligados à Prefeitura de Campo Maior, administrada por Joãozinho Felix, como uma forma de abafar alguma coisa. As conversas naturalmente irritaram quem conheciam Alípio e machucavam a família. Foram necessários sete anos para que a verdade começasse a aparecer.

Radialista por natureza, o irmão da vítima, Arnaldo Ribeiro, quase não acreditou quando recebeu a notícia. Diariamente ele estava acostumado a dar notícias tristes como essa para a população, mas hoje uma parte dele era a pior notícia daquele dia.

“Simplesmente cobriram o corpo do meu irmão com um pano e mandaram para o necrotério. Fui pessoalmente ver meu irmão ser rasgado para tirar as balas”, diz Arnaldo ao lembrar um dos piores dias da sua vida.

Depois de sete anos é que a justiça resolve revelar a parte mais obscura deste crime. O Ministério Público do Estado do Piauí, através do promotor Luciano Lopes, quer incluir como réu o prefeito de Campo Maior da época, Joãozinho Félix. Uma testemunha teria citado o ex-gestor como autor intelectual do crime, que inclui ainda empresários e uma quadrilha especializada em pistolagem.

Arnaldo Ribeiro também era para ter sido executado, mas por falta de pagamento aos pistoleiros, se livrou da morte, mas convive até hoje com o peso de saber que seu irmão foi morto para fazê-lo sofrer.

JOÃOZINHO QUER QUE MPE INVESTIGUE ARNALDO RIBEIRO

O ex-prefeito e pré-candidato à Prefeitura de Campo Maior, Joãozinho Félix (PPS), declarou, em entrevista a rádio Meio Norte da cidade, que o Ministério Público deveria investigar todas as pessoas envolvidas na denúncia de assassinato, inclusive o irmão da vítima, o jornalista Arnaldo Ribeiro.

"Se eu estou sendo investigado, ele pode ser também. Eu soube agora que eles eram inimigos. Tanto o Alípio como o Arnaldo eram inimigos", declarou o ex-prefeito em sua entrevista.

O ex-prefeito ainda declarou que existem diversos outras pessoas que poderiam ser alvo de investigação pela promotoria.

Segundo pessoas ouvidas pelo 180graus, não existia nenhuma inimizade entre o jornalista e seu irmão. Os dois eram, na verdade, muito amigos.

Joãozinho e Arnaldo eram inimigos declarados - o primeiro era o gestor da cidade quando o jornalista realizava pesadas críticas à sua administração, que aconteceu de 2008 a 2012.

JOÃOZINHO FÉLIX DIZ QUE PAULO MARTINS INVENTOU ACUSAÇÕES

O ex-prefeito de Campo Maior, Joãozinho Félix (PPS), que é pré-candidato este ano no município, declarou ao 180graus que a denúncia feita pelo Ministério Público de que ele teria sido o autor intelectual do assassinato de Alípio Ribeiro, ocorrido em 2009, é uma invenção do grupo do seu adversário político, o atual prefeito, Paulo Martins (PT).
“Eu tenho é certeza que isso é uma invenção do grupo do Paulo. Eles estão fazendo isso para tentar atingir a minha campanha”, declarou Joãozinho.

Ainda segundo o ex-prefeito, o fato do assassinato ocorrido 2009 ter vindo à tona justo em ano eleitoral, não faz sentido. Ele ainda declarou que era muito amigo da vítima.

“Eu e o Alípio éramos grandes amigos. Não existia nada dessa rivalidade que estão falando. Ele foi meu vice-prefeito em Jatobá. Essa acusação é totalmente sem cabimento”, afirmou o pré-candidato, reiterando o fato de que o período eleitoral tem criado diversas acusações não verdadeiras contra ele.

Promotor do caso Joãozinho Félix nega motivação política em denúncia de assassinato

O promotor de Campo Maior, Luciano Lopes Nogueira Ramos, negou que haja motivações políticas na denúncia feita pelo Ministério Público contra o ex-prefeito da cidade, Joãozinho Félix (PPS), de ele teria sido o mandante do assassinato do ex-vice-prefeito de Jatobá do Piauí, Alípio Ribeiro.

"Nós [promotores de Justiça], nem somos de Campo Maior. Eu não conheço pessoalmente o prefeito Paulo Martins. A questão é que esse crime ainda não foi a julgamento e enquanto não for, é possível fazer o aditamento [a adição de novas provas] da denúncia", declarou o promotor.

Segundo o promotor, uma testemunha declarou, na presença do Juiz, de que o Joãozinho Félix tenha sido o autor intelectual o crime, o que serviu, juntamente com outras provas, para que a promotoria fizesse a denúncia contra o ex-prefeito.

"Foi uma ação que ocorreu com réus soltos e por isso demora mais. Houve essa audiência perante o juiz a testemunha apontou claramente quem era o autor intelectual e a motivação ficou clara no processo e não tinha outro caminho", afirmou Luciano Lopes.

Fonte: None

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