Muito dinheiro -

PMT deixa de lado livros do MEC e torra milhões com o IAB

Por Rômulo Rocha - De Brasília

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Que Crise?
- Prefeitura de Teresina deixa de lado os livros ofertados de graça pelo MEC e gasta milhões para comprá-los aos milhares de um instituto de Minas Gerais...

- Contrato é realizado por inexigibilidade de licitação. Mas por que comprar justamente dessa empresa de Minas Gerais?

- No IAB “a maioria trabalha de casa”: contatada em Brasília, segundo número que consta do site da Receita Federal, foi informado que na capital federal fica o financeiro; no Rio de Janeiro a Comunicação e em Minas Gerais a sede. “A maioria trabalha de casa”, informaram. Estão em quase todo o país.

- Enquanto isso há reclamações de pais e professores de que as crianças especiais não têm a devida atenção por parte da Prefeitura de Teresina, o que demonstra que a PMT não é assim tão bem administrada...
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R$ 6 MILHÕES SÓ EM DEZEMBRO DE 2016
A Prefeitura de Teresina, em mais uma daquelas frentes que precisam ser explicadas e soam estranhas para o contribuinte é a em relação - ainda mais para uma prefeitura que se diz em crise - ao ato de deixar de lado os livros ofertados pelo Ministério da Educação para adquiri-los, por milhões de reais, do Instituto Alfa e Beto (IAB).

O IAB é localizado em Uberlândia, em Minas Gerais. O contrato é feito via Secretaria Municipal de Educação, que tem à frente Kléber Montezuma, notório por problemas com a lei, segundo se infere das denúncias feitas pelo Ministério Público à Justiça. Montezuma é outro que integra os ‘Homens de Firmino’ enrolados com a lei.

Um dos contratos assinados entre SEMEC e o IAB foi formalizado no início de dezembro de 2016. Assina pela empresa Leonardo de Oliveira Gomes. Entre os donos do instituto estão João Batista Araújo e Oliveira, Mariza Rocha e Oliveira, e ainda David Francisco dos Santos.

_O secretário Kléber Montezuma e o prefeito Firmino Filho: contrato exige milhões de reais - e sem licitação - com empresa de Minas Gerais

E QUAL FOI O GASTO COM O ALFA E BETO?
Segundo o objeto desse contrato, ele visava a aquisição de materiais didáticos, como 189.038 livros; 515 pares de bonecos alfa e beto - que não se sabe qual sua utilidade; o conjunto com cinco unidades de 515 cartazes; ainda 600 cartelas de letras, em conjunto com 54; e, por final, 20.156 letras do alfabeto, que vêm em saquinhos com 54 letras.

Valor total? R$ 6.060.628,00, pagos com recursos próprios da Prefeitura de Teresina, em contrato formalizado através de inexigibilidade de licitação.

PROXIMIDADE COM O GOVERNO FIRMINO FILHO
Ao que tudo indica, o IAB atua desde o penúltimo governo de Firmino Filho e sem que haja uma concorrência pública - sempre por inexigibilidade de licitação.

No dia 8 de agosto de 2013, a SEMEC, assinava um contrato com o IAB para a aquisição de materiais para o Programa de Revisão do 3º ano com material complementar para professores e Programa Prova Brasil 5º ano, destinados às escolas da Rede Pública Municipal de Educação.

Valor? R$ 645.852,00. Esse contrato foi assinado, do lado da contratada, por David Francisco dos Santos.

LIVROS GRATUITOS DO MEC
Alguns professores da rede municipal de ensino de Teresina informam que a prefeitura já recebe livros do Ministério da Educação de forma gratuita. Eles são classificados como de qualidade.

Além disso, os livros enviados pelo governo federal são escolhidos previamente pelos próprios professores que ministrarão os conteúdos.

Também informam que há outras prioridades, por exemplo, como a necessidade de cuidado com os alunos que precisam de acompanhamento especializado.

Muitos, mesmo com reiterados pedidos por parte dos seus professores - como é o caso de uma criança hiperativa com laudo médico existente numa das escolas da rede municipal - não obtêm esses tipos de profissionais.

A prefeitura fecha os olhos.

Fonte: None

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