Sede da revista alvo de ataque -

Pichação na sede da Abril é 'atentado contra a democracia', diz Aécio

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou neste sábado (25) que as pichações na fachada da sede da Editora Abril, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, foram um "atentado contra a democracia". O tucano visitou o túmulo do seu avô, o ex-presidente Tancredo Neves, na cidade de São João del Rei, em Minas Gerais.

O prédio onde fica a sede da Abril foi alvo de um ataque na noite desta sexta-feira (24), depois que a revista "Veja" publicou uma reportagem sobre o escândalo da propina na Petrobras. A revista afirma que o doleiro Alberto Youssef disse, em depoimento à Polícia Federal, que a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento de um suposto esquema de corrupção na Petrobras que abasteceria campanhas do PT. Segundo a revista, o doleiro não apresentou provas.

"Nós assistimos ontem e hoje um atentado contra a democracia, contra a liberdade de expressão [...] Os manifestantes não atingem aquele veículo, atingem o que nós temos de mais valioso que é a liberdade de expressão no Brasil, a liberdade de imprensa. A democracia vive disso: das manifestações. E as contrárias têm que ser respeitadas", disse Aécio.

Para o tucano, o ato em frente à editora "é um atentado que deve receber o repúdio de todos os brasileiros da forma mais veemente possível".

"[Esse ato] deve receber o repúdio, não sei, dos profissionais da imprensa e de todos os cidadãos e cidadãs desse país", concluiu.

O tumulto na sede da editora Abril terminou com três pessoas detidas. De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 14º DP, de Pinheiros, por volta das 20h de sexta-feira cerca de 200 pessoas se reuniram em frente ao prédio da editora, com o apoio de um carro de som da União da Juventude Socialista. Eles jogaram muito lixo em frente ao prédio e picharam frases como “Veja mente” e “Fora Veja”. Exemplares da revista foram rasgados. Segundo a Polícia Civil, os detidos foram qualificados por pichação e liberados em seguida. Os suspeitos negaram envolvimento em atos de vandalismo e disseram que apenas participaram do protesto.

Fonte: Com informações do G1

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