TSE mostra que houve doações -

'Invenção', afirma Marden sobre ter 'recebido' de empresas da Lava Jato

O deputado estadual Marden Menezes (PSDB) se recusou a falar hoje com a reportagem do 180graus, sobre o fato de ter recebido R$ 102 mil de empresas envolvidas na operação Lava Jato - as informações estão disponíveis no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com todas as doações recebidas pelo parlamentar, através do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE).

“Eu não vou falar sobre isso. Me respeite. Você é que inventou isso! Eu posso dar até o meu CPF para que você veja como meu nome é limpo, mas não falo nesse assunto”, afirmou, irritado, o deputado, ao ser questionado sobre como o seu envolvimento com empresas investigadas na operação podem afetar as eleições em Piripiri.

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Segundo revelado por reportagem do 180graus, da Construtora Andrade Gutierrez, Marden recebeu R$ 49.500,00, da Odebrecht o parlamentar recebeu R$ 19.500,00 e o Banco BTG Pactual doou R$ 30 mil para a sua reeleição. Da Klabin o deputado recebeu R$ 33 mil, que não é uma empresa investigada pela Lava Jato, mas em um caso recente a justiça decidiu que ela terá que doar R$ 1,2 milhões por descumprir acordo de cota.

A própria sociedade piripiriense tem debatido bastante o assunto, com muitos da cidade o apelidando de “Deputado Lava Jato”, especialmente pelo fato dele ser um crítico ferrenho do Partido dos Trabalhadores e agora estar envolvido com doações de empresas da operação da Polícia Federal.

Marden Menezes é filho do atual pré-candidato à Prefeitura de Piripiri, Luiz Menezes (PSD).

ADVERSÁRIOS NÃO QUEREM SE ENVOLVER
A pré-candidata à Prefeitura de Piripiri, Jôve Oliveira (PTB) foi ouvida pela reportagem do 180graus, mas disse que não se envolveria nos assuntos que dizem respeito ao Marden ou à sua família, pois a população já sabe o que está acontecendo na cidade.

A outra pré-candidata do município, Socorro Mesquita (PP), atual vice-prefeita de Piripiri e esposa do ex-prefeito Dr. Pinto, afirmou que também preferia não comentar o caso envolvendo o deputado.

MAIS POLÊMICA
Outro assunto que tem rendido polêmica contra o parlamentar foi a doação do deputado federal Heráclito Fortes (PSB) para a campanha de reeleição de Marden Menezes no valor de R$ R$ 242.537,15. Heráclito foi citado pelo ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado, na delação premiada da operação Lava Jato. Machado afirmou que pagou R$ 1 milhão ao então senador piauiense - à época, Marden apoiou a eleição de Heráclito.

“Nas eleições ele apoiou Heráclito, que foi citado pelo delator de receber propina. A repercussão muito ruim para ele em Piripiri, as pessoas na cidade estão indignadas e decepcionadas. Logo ele que quis investigação na Assembleia para saber se governador recebeu, mas ele que recebeu dessas empresas. Ele pouco anda em Piripiri e quando anda é para acusar os outros de corrupção, mas agora aprece essa”, disse uma pessoa da cidade ao comentar o caso e que preferiu não ser identificada.

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Fonte: None

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