Pretende acelerar medidas -

Levy acredita que Congresso vai aprovar MPs do ajuste fiscal

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira (4/05) que acredita que o Congresso vai aprovar a “minirreforma” previdenciária, parte das medidas do pacote de ajuste das contas públicas, que será votada na quarta-feira (6). Ele falou a jornalistas durante evento do jornal ”Valor Econômico”, em São Paulo.

“Eu acho que o PT já se posicionou a favor das [medidas provisórias] 664 e 665, que são medidas extremamente importantes e não afetam nenhum direito do trabalhador. Ao contrário, fortalecem a previdência social e dão uma disciplina para o seguro-desemprego ficar mais parecido com o [programa social] Bolsa Família.

No evento, o ministro também mencionou a agenda “triplo A”, um conjunto de reformas que a equipe econômica pretende implementar a partir de 2016 se o pacote de ajuste fiscal for bem sucedido, com o intuito de promover o crescimento e a retomada do emprego.

Levy ressaltou que pretende acelerar as medidas de ajuste para que não sobrem pendências em 2016. “Não queremos empurrar o ajuste para o ano que vem, para que no próximo ano possamos ter essa agenda de crescimento, a ‘triplo A’”, disse.

“Essa agenda só pode existir se o ajuste estiver completo. Temos temas de infraestrutura, competitividade e melhoria de nossos índices de educação e a mensuração da qualidade dos gastos públicos [como parte da agenda do crescimento]”, afirmou sobre os planos econômicos após o ajuste fiscal.

O ministro ressaltou também que o ajuste fiscal precisa ser distribuído por todos os setores da economia. “Temos que fazer isso sem tirar nenhum direito dos trabalhadores e as empresas terão que se adaptar a uma situação menos cômoda, mas muito mais sustentável no longo prazo”, disse.

Levy afirmou ainda que a redução da desoneração da folha de pagamento, uma das medidas de ajuste implementadas este ano, deve ser encarada como algo permanente mesmo após o reequilíbrio das contas públicas.

“O ajuste fiscal é uma primeira etapa do ajuste econômico que teremos que fazer para responder a uma mudança no cenário mundial, o fim do ciclo [de baixo preço] das commodities que nos ajudou (...). Tenho convicção que trabalhador brasileiro conseguirá sair vitorioso nesse novo cenário”, afirmou.

Corte na carne
Na semana passada, Levy afirmou em audiência pública na Câmara dos Deputados que o ajuste nas contas públicas – pelo aumento de tributos e corte de gastos –, não vai atrapalhar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), e que o governo está cortando da “própria carne”.

Números do Tesouro Nacional divulgados no fim de abril mostram que as despesas totais do governo caíram 0,8% no primeiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período do ano passado, para R$ 259,17 bilhões.

Neste ano, Levy admitiu que haverá retração do PIB. O governo acredita, até o momento, que a queda do PIB será de 0,9% neste ano. Para o mercado financeiro, a economia deverá ter um "encolhimento" de 1,1% em 2015, o maior em 25 anos. Em 2016, porém, os analistas acreditam que o PIB terá uma elevação de 1%.

Fonte: Com informações do G1

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