IPMT tem R$ 22 milhões bloqueados por aplicação feita na gestão de Elmano

O IPMT - Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Teresina está com R$ 22 milhões retidos, em função de uma aplicação feita na gestão do ex-Prefeito Elmano Férrer no banco BVA S.A. Até então, todas as aplicações financeiras do Instituto, que é responsável pela aposentadoria e pensões dos servidores, eram feitas nos Bancos do Brasil e Caixa Econômica Federal, ambos oficiais.

Em agosto de 2011, no entanto, a então direção do IPMT decidiu aplicar R$ 22 milhões no Banco BVA, que veio a sofrer intervenção do Banco Central ainda no ano passado, em decorrência " da situação econômico-financeira comprometida e do descumprimento de normas que disciplinam a atividade da instituição", conforme divulgou em nota o próprio Banco Central.

Ao tomar conhecimento da situação, a atual direção do IPMT foi a Brasília tentar resgatar o dinheiro, mas foi informada de que o valor está retido e não há sequer estimativa de quando, e se, essa quantia será resgatada. A aplicação do IPMT já sofreu uma perda de rendimento, e está avaliada hoje em R$ 19 milhões.

Existe a proposta de compra do banco por parte de uma empresa privada, mas com a condição de que os credores receberiam apenas 35% do valor aplicado, e somente a partir do ano de 2015.

Diante do prejuízo, o Presidente do IPMT, Paulo Dantas, vai contratar uma auditoria para apurar as perdas e possíveis irregularidades no caso, e comunicar à Procuradoria de Justiça para as providências cabíveis, inclusive a responsabilização por parte dos responsáveis.