Várias irregularidades -

Fraude nas eleições em Bom Jesus é denunciada à justiça

Os suplentes de vereador de Bom Jesus Wênio Alves dos Santos, Jorge Luiz dos Santos Pereira e Joaquim Raimundo Martins Rosal denunciaram ao promotor eleitoral da 15ª zona de Bom Jesus, Jorge Luiz da Costa Pessoa, uma suposta fraude eleitoral nas eleições. Segundo os suplentes, foram usadas três mulheres para candidaturas fictícias para montar chapa e preencher a cota de mulheres e um pai de um vereador que foi candidato para se afastar do emprego público federal para trabalhar na candidatura do filho, todos na coligação do prefeito reeleito Marcos Elvas (PSDB).

A candidata Maria Helena Bonifacio dos Santos, Maria Helena (DEM), não obteve nenhum voto, ou seja, ela não votou nela mesma.

A candidata Terezinha Rodrigues dos Santos, Dona Terezinha (DEM), é professora da rede estadual de ensino em Bom Jesus, conforme pode ser consultado no Portal da Transparência do Governo do Estado do Piauí, e não se afastou das funções para ser candidata e obteve apenas um voto na eleição.

A candidata fictícia Marilza dos Santos Pereira, Marilza dos Santos (DEM), obteve um voto, mas apoiou o candidato a vereador Cosme Clementino Cavalcante, Cosme (DEM) que foi eleito e obteve 840 votos. Ela é companheira dele e moram na mesma casa e têm uma filha, segundo certidões apresentas junto ao Cartório Eleitoral da 15ª Zona de Bom Jesus pelo casal, que mostram o mesmo endereço para ambos, demonstrando que vivem juntos sob o mesmo teto. Nas certidões apresentadas os dois declaram o estado civil casado. Cosme é o presidente do DEM em Bom Jesus.

Já Josué Parente Lustosa Elvas Sobrinho, Josué Parente (DEM), obteve apenas um voto. Ele foi candidato para se afastar do seu emprego por 90 dias e trabalhar na candidatura do filho, o vereador eleito Nestor Renato Pinheiro Elvas, Nestor Elvas (PSDB) que foi o vereador mais votado de Bom Jesus com 905 votos. Certidões apresentadas comprovam que Josué é pai de Nestor.

As supostas fraudes eleitorais teriam como finalidade montar a chapa de vereadores e de preencher o mínimo legal de cotas de diversidade de gênero de mulheres que deve ser de 30% das vagas e afastar servidor público federal de suas funções durante a campanha eleitoral para trabalhar na campanha do filho de um dos candidatos.

A denúncia sustenta que não houve movimentação financeira em conta bancária e a não participação dos candidatos em palanque, comícios, reuniões e atividades de campanha, não produziram material de propaganda e campanha, nem receberam verbas de seu partido.

As únicas doações feitas para esses candidatos foram da secretária municipal de Governo da Prefeitura de Bom Jesus, Belaniza da Silva Neta, do diretor geral de contabilidade da Prefeitura Municipal de Bom Jesus, Hudson Coelho Rosal e do PSDB. O próprio DEM não fez doações para eles, nenhum dos quatro apresentou despesas contabilizada na campanha e dois receberam doações estimáveis em dinheiro.

Fonte: None

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