Apontado como operador -

'Eu sei o que fiz', diz tesoureiro do PT sobre escândalo do Petrolão

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, citado em depoimentos da Operação Lava Jato como operador do partido no esquema de desvios da Petrobras, foi aplaudido duas vezes durante a reunião do Diretório Nacional da sigla nesta sexta-feira, em Fortaleza. Segundo relatos de participantes da reunião, que é fechada à imprensa, Vaccari tomou a palavra logo no início do encontro para se defender. Ao longo de 15 minutos ele tentou tranquilizar o partido dizendo que "tudo o que foi arrecadado foi contabilizado" formalmente nas contas do PT.

Vaccari teve os sigilos telefônico, fiscal e bancário quebrados pela CPI Mista da Petrobras. Ele argumentou que, em 2010, a Justiça determinou a abertura de suas contas bancárias em uma investigação sobre irregularidades na Bancoop, a cooperativa habitacional do Sindicato dos Bancários de São Paulo, da qual foi diretor. Quanto ao sigilo telefônico, Vaccari disse que a CPI só vai encontrar "ligações típicas de um tesoureiro de partido". "Eu sei o que fiz", disse.

Na sequência, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, também fez uma defesa do tesoureiro. Falcão disse que Vaccari é "uma pessoa séria" e que não existe "nada concreto" contra ele, apenas depoimentos de pessoas investigadas pela Lava Jato que aceitaram fazer acordos de delação premiada. "Nosso papel é defendê-lo", conclamou o presidente do PT.

O tesoureiro do PT foi apontado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como operador do PT no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras investigado pela Lava Jato. Durante as investigações, a Polícia Federal encontrou uma planilha na qual a cunhada de Vaccari, Marice Correa de Lima, aparece como beneficiária de uma remessa de 220.000 de reais do doleiro. Vaccari nega ter participação no esquema investigado pela Lava Jato.

Fonte: Veja/ Estadão Conteúdo

Comentários

Trabalhe Conosco