Eleição para presidente da Assembleia divide praticamente todos os partidos

Praticamente todos os 11 partidos que compõem a nova legislatura na Assembleia Legislativa do Piauí, que começa domingo, estão divididos na eleição para a presidência da Mesa Diretora da casa, que é disputada pelo atual presidente, deputado Themístocles Filho (PMDB), que tenta a reeleição, e o deputado Fábio Novo (PT).

O pleito acontece após a posse dos deputados, no domingo. E é o primeiro em 20 anos em que tem disputa - todos as demais eleições, desde então, foi resolvida por consenso. O PMDB, partido do atual presidente, Themístocles Filho, tem o maior número de eleitos para o parlamento - seis deputados.

Mas nem todos devem acompanhar a candidatura à reeleição de Themístocles, já que o deputado eleito José Santana foi inclusive convidado para compor a chapa com Fábio Novo, na cadeira de 1º vice-presidente, e já adiantou que vai para a base aliada do governo Wellington Dias na Assembleia. Com o voto dos dois deputados eleitos pelo PT (Flora Izabel e Francisco Limma), a candidatura de Fábio Novo deve ter o apoio também dos cinco representantes eleitos do PTB, aliado de primeira hora do PT na eleição de Wellington

É que o partido foi colocado contra a parede para votar em peso no petista. O governador convocou deputados para o primeiro escalão e acabou contemplando os parlamentares do partido com cargos. Com exceção de Fernando Monteiro, todos os deputados petebistas assumirão secretarias depois que forem empossados na Assembleia - Janaína Marques vai para a secretaria de Infraestrutura; Nerinho, para a de Desenvolvimento Econômico; Hélio Isaías ganhou a de Defesa Civil; e Liziê Coêlho, a de Mineração. Fernando Monteiro não aceitou cargos mas indicou o engenheiro Francisco Alberto Monteiro para o Instituto de Desenvolvimento do Piauí (Idepi) e Michael Monteiro para o Instituto de Metrologia do Piauí (Imepi).

Do grupo que compôs a coligação oposicionista ao PT nas eleições de outubro, encabeçada por PMDB, PSD e PSDB, apenas o PSB deve votar em bloco em Themístocles Filho. O PSD, também da aliança de Zé Filho, também está dividido, já que o partido negocia a indicação de cargos e uma aproximação política com o governo Wellington. Tradicionalmente oposição ao PT, o PSDB também capitulou na eleição para a Assembleia Legislativa.

Dos três deputados eleitos pelo partido, só Marden Menezes, o presidente regional da sigla, já declarou que vota no peemedebista - e por isso arrumou uma briga com o prefeito Firmino Filho, que recomendou voto no petista. Luciano Nunes e Firmino Paulo nada disseram ainda sobre a orientação do prefeito.