Governo tem preocupações -

Dilma não se decidiu sobre veto ao fim do fator previdenciário, afirma Temer

Responsável pela articulação política do governo, o vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta quarta-feira (27) que a presidente Dilma Rousseff ainda não decidiu sobre se vetará a mudança no cálculo do fator previdenciário aprovada pelo Congresso Nacional.

Nesta quarta, o plenário do Senado aprovou a Medida Provisória 664, que altera o acesso da população à pensão por morte, ao auxílio doença e modifica o cálculo do fator.

Atualmente, o fator reduz o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos (nos casos de homens) ou 60 (mulheres). O tempo mínimo de contribuição para aposentadoria é de 35 anos para homens e de 30 para mulheres.

A proposta aprovada no último dia 13 na Câmara e confirmada pelos senadores nesta quarta institui a fórmula conhecida como 85/95, na qual o trabalhador se aposenta com proventos integrais se a soma da idade e do tempo de contribuição resultar 85 (mulheres) ou 95 (homens).

"A presidenta Dilma nada decidiu a respeito disso [veto]. Esta é uma questão econômica e política e a presidenta, certamente, a examinará sob o foco econômico e político", declarou Temer.

Mais cedo, após o Senado aprovar a alteração no fator, o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a presidente Dilma dará "pedalada" nos aposentados se vetar a modificação aprovada no Congresso Nacional.

Questionado sobre as declarações de Renan, Temer afirmou somente que o presidente do Senado utilizou "força de expressão". "E nós devemos respeitar todas as palavras que constituem força de expressão", declarou Temer, sem entrar em detalhes.

Nesta quarta, o vice-presidente da República enfatizou que na última segunda (25) o governo criou um grupo de trabalho formado por diversos ministérios, como Fazenda, Planejamento e Previdência Social, para encontrar "alternativas" ao fator previdenciário.

"O governo tem preocupações com o fator previdenciário e quer equacioná-lo de uma maneira que não crie problemas para o governo e que também não crie problemas para os aposentados", disse Temer.

Na avaliação do peemedebista, a aprovação pelo Senado da MP 664 foi "positiva". Eu tenho dito com muita frequência, embora com muita cautela, que as reuniões que nós temos feito com os líderes da Câmara, do Senado e vários senadores têm revelado o apoio incondicional às teses do governo", disse.

Fonte: Com informações do G1

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