'Quebra no silêncio' -

'Coordenação política' e Temer se reúnem para analisar o cenário político

A presidente Dilma Rousseff voltou a reunir na manhã desta segunda-feira (23), no Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer e os ministros que compõem a chamada “coordenação política” do governo para analisar o cenário político e elaborar as estratégias que serão adotadas nos próximos dias. O núcleo estratégico conta com ministros do PT, do PMDB, do PSD e do PC do B.

Os encontros da petista com a coordenação política têm ocorrido semanalmente, às segundas-feiras pela manhã, na sede do Executivo. A equipe de conselheiros, inicialmente formada por ministros do PT, ficou conhecida como “G6”.

Nesta segunda, além de Dilma e Temer, participaram da reunião o assessor especial da presidente Gilles Azevedo e oito ministros: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Jaques Wagner (Defesa), Eduardo Braga (Minas e Energia), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Gilberto Kassab (Cidades) e Kátia Abreu (Agricultura). Kátia, no entanto, não faz parte do “núcleo duro” do governo.

Apesar de serem considerados membros permanentes do conselho político, os ministros Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), do PC do B, e José Eduardo Cardozo (Justiça), do PT, não compareceram ao encontro desta semana.

Geralmente, ao final das reuniões, algum integrante do primeiro escalão costuma conceder entrevista à imprensa para relatar o que foi discutido no encontro. Na última segunda (16), o grupo se reuniu para analisar em conjunto o impacto das manifestações que, na véspera, haviam levado milhares de pessoas às ruas para protestar contra a presidente da República e pedir o fim da corrupção no país.

Após a última reunião, os ministros José Eduardo Cardozo e Eduardo Braga declararam a jornalistas que o governo estava "ouvindo” as manifestações.

QUEBRA DO SILÊNCIO
Os pronunciamentos da presidente dobraram na comparação entre março e fevereiro deste ano – subiram de nove no mês passado para 19 nas primeiras três semanas deste mês. Na semana passada, pesquisa Datafolha mostrou que a aprovação do governo ficou em 13%, o menor índice desde o início do primeiro mandato da petista.

De acordo com o Blog do Camarotti, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o “núcleo duro” do governo aconselharam a presidente a fazer mais aparições públicas e a discursar mais. Na avaliação do grupo, o prolongado silêncio da petista no início do mandato permitiu que crescesse a desaprovação do governo porque ela não fazia o enfrentamento político e não respondia às críticas.

Fonte: Com informações do G1

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