No Piauí a situação é essa -

Candidatos do PT deixam o vermelho e os símbolos do partido para o 2º plano

Candidatos a governador pelo PT bem colocados nas pesquisas deixaram em segundo plano a simbologia tradicional do partido para promover uma campanha multicolorida.

Numa reedição do estilo "PT cor de rosa" da campanha do ex-presidente Lula em 2002, nomes como Fernando Pimentel (Minas Gerais), Delcídio Amaral (Mato Grosso do Sul) e Camilo Santana (Ceará) aderiram à estratégia em busca de mais votos.

Líder Minas, Pimentel aboliu a grafia de seu nome em vermelho ou em branco com fundo vermelho. Predomina o azul na campanha –adesivos em vermelho e branco surgiram só na reta final.

A campanha reconhece que o uso de outras cores é intencional. O argumento é que assim o candidato pode angariar o máximo possível de apoio de não petistas.

Datafolha da semana, por exemplo, mostrou que, dos mineiros que se declaram simpatizantes do PSDB, 26% declaram voto em Pimentel.

Outro detalhe no material é que o 13 do PT aparece ao lado do nome do candidato, mas em laranja. O vermelho é usado com mais discrição –apenas a estrela do partido, minúscula, mantém a cor.

A presidente Dilma quase não apareceu no propaganda de TV de Pimentel, e Lula teve aparições concentradas no início da campanha.

Também na frente em intenções de voto, Delcídio Amaral faz uma campanha assumidamente "light" em Mato Grosso do Sul.

Seu material de campanha é colorido: verde, azul, amarelo, lilás ""e, de vez em quando, vermelho. O carro-chefe não é a estrela do PT, tampouco o 13, mas a letra D.

Nas peças publicitárias, assinadas pelo marqueteiro Duda Mendonça, um D gigante é abraçado por crianças e eleitores sorridentes.

"Ele é um PT novo, moderno", diz a coordenadora da campanha, Sandra Santana.

Em alta no Ceará, a campanha de Camilo Santana aposta no amarelo, cor do Pros, partido dos irmãos Cid e Ciro Gomes, principais fiadores de sua candidatura.

O vermelho aparece apenas em detalhes, como no logo da campanha. Mas o amarelo é o que predomina, como em bandeiras e faixas.

A fuga da iconografia petista reforçou a oposição de uma ala do PT cearense, liderada pela ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins, que critica o papel dos irmãos Gomes na campanha.

"Todas essas escolhas foram feitas sem respeitar o partido. A direção da campanha tem sido do governador Cid Gomes, e não do PT", disse Luizianne recentemente.

Mas há exceções ao PT "light". Um exemplo é Alexandre Padilha, candidato ao governo de São Paulo. Quase sempre de camisa vermelha e buscando ligar sua imagem a do ex-presidente Lula, ele segue na casa dos 10%.

Outro caso é o de Tarso Genro, no Rio Grande do Sul. Em busca da reeleição, ele encampa o vermelho e sua parceria com o governo federal.

Em agosto, o presidente do PT, Rui Falcão, minimizou a opção das campanhas. "Estão procurando polêmica onde não há. A campanha de Dilma usa verde e amarelo e todos sabem que ela é do PT. O que importa é o número 13".

VERMELHO ME CAI BEM
Gleisi Hoffman, também em terceiro na disputa pelo governo do Paraná, com 9% dos votos, é outra que não trocou a cor histórica do partido por um visual "da paz"

O FIEL
Alexandre Padilha (PT), que concorre ao governo de SP, aparece de vermelho em quase todas as campanhas de rua no Estado, onde tem 10% dos votos e está em 3º lugar

Fonte: Com informações da Folha de São Paulo

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