Casos no Norte do Estado -

Candidatos agridem meio ambiente durante campanhas eleitorais no PI

Jhone Sousa

Com campanhas mais baratas, os candidatos fizeram de tudo para chamar a atenção dos eleitores e conquistar votos, mas não estamos falando de Caixa 2. Em pelo menos dois municípios da região norte do Estado, concorrentes ao cargo de prefeito se aproveitaram da ‘natureza’ nas suas estratégias eleitorais.

Logo na entrada do município de Cabeceiras, pela PI-113, é possível verificar que a vegetação na beira da rodovia está ‘enfeitada’ com fitas amarelas. Não se trata de nenhum movimento festivo, nenhuma atração turística, mas sim das cores de campanha do candidato Zé Ozires (PSB), que perdeu a disputa para o atual prefeito, Dr. José Joaquim (PP). Por boa parte das vias as fitas continuam mesmo após o fim do período eleitoral.

"Isso ai foi colocado no começo da campanha, na primeira carreata deles e nunca foi tirado. Eles colocaram também em postes, que era proibido. Acho que foi denunciado à justiça, mas pelo visto não de em nada", disse o vereador Gonzaga da pesca.

No município de Barras a estratégia foi parecida. Fitas azuis, a mesma cor usada na campanha pelo atual prefeito Edilson Capote (PSD), ocupam a vegetação e também propriedade particulares. O prefeito perdeu a disputa par Carlos Monte (PTB).

Pelo visto a estratégia não deu nada certo, além poder acarretar problemas no futuro.

O QUE DIZ A LEI
A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, trata da Política Nacional Do Meio Ambiente, que descreve degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente. Além disse, trata da poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente, entre elas as que afetem desfavoravelmente o conjunto de todos os seres vivos de uma região, além das condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente.

DESRESPEITO AO MEIO AMBIENTE
“É hábito comum de candidatos descompromissados com os interesses dos cidadãos a prática de atos que desrespeitem o meio ambiente. Para tanto, utilizam de meios de divulgação vedados, como a afixação de cartazes, adesivos e outros objetos que façam referência à sua candidatura em árvores, postes de iluminação, praças, entre outros. Eles ainda abusam daqueles que a lei considera lícitos, utilizando propagandas sonoras em horários inadequados ou em potência acima do permitido pela Lei, bem como promovendo derrames de materiais de propaganda na porta das seções eleitorais. Em verdade, além de estarem praticando condutas vedadas, prestam um verdadeiro desserviço ao meio ambiente, posto que tais atos, apesar de aparentarem certa pontualidade, acabam por interferir no equilíbrio do nosso ecossistema”, explica o advogado Rafael Danta Nery.

Fonte: None

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