Em pronunciamento na Câmara -

Assis Carvalho cobra conclusão do programa 'Luz Para Todos' no Piauí

Diante da difícil situação do abastecimento de energia elétrica no Piauí, o deputado federal Assis Carvalho (PT) voltou a reivindicar recursos do Governo Federal para o programa "Luz para Todos". A intenção é universalizar o acesso a energia elétrica em todo estado.

Somando-se a dívida de R$ 20 milhões com os contratos em andamento e os recursos necessários para universalizar o serviço de energia elétrica, a Eletrobras Piauí calcula que precisa de R$ 250 milhões para universalizar o programa.

Em pronunciamento na Câmara e em ofício enviado à Casa Civil da presidência da República, o deputado mostrou que parte das obras do programa estão paradas e trabalhadores estão sendo demitidos. “A empresa operadora do programa no estado (Eletrobras Piauí) não faz os pagamentos das medições desde dezembro do ano passado, segundo prestadores de serviços. Segundo dados da própria Eletrobras Piauí, a dívida chega a 20 milhões de reais.”, disse o deputado.

Diante disso, as empresas contratadas para atender 10.600 famílias estão decidindo parar as obras. “Cerca de 300 trabalhadores já perderam seus empregos. E a perspectiva sombria é de mais demissões”, informou o parlamentar.

A meta inicial de 2004, quando iniciou o programa, era fazer 149.600 ligações. Até agora, foram concluídas, segundo a Eletrobras, somente 143 mil ligações, que beneficia cerca de 700 mil pessoas. Isso corresponde a um investimento, segundo a empresa, de R$ 1 bilhão, sendo 15% investimento da Empresa; 10% do Governo do Estado e 75% do Governo Federal através da CDE - Contribuição de Desenvolvimento Energético, cobrado na conta do consumidor.

Além da quantidade de ligações que faltam para cumprir da meta (mais de 6 mil), há uma demanda de 11 mil famílias proveniente do crescimento da população rural ao longo dos anos de existência do programa no Piauí. “São 11 mil famílias, dentre as que se formaram após o início do programa e as que voltaram de grandes centros urbanos para a zona rural, no sentido contrário ao êxodo do campo. E que fizeram isso diante da perspectiva da existência de condições de produzir, beneficiar a produção, agregar valor, comercializar os produtos – tudo em sua terra natal”, concluiu Assis Carvalho.

Fonte: None

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