Caso foi parar na justiça -

Aliados de Carlos Monte usaram até rádios 'piratas' para detonar Capote

Por Jhone Sousa

Numa campanha política os candidatos usam de vários artifícios para conquistarem votos. Alguns mostram propostas e tentam fazer elas chegarem à população. Outros tentam desqualificar o adversário e assim obter vantagem. Foi mais ou menos isso que aconteceu no município de Barras, onde os aliados do então candidato Carlos Monte (PTB) utilizaram uma rádio clandestina para ‘detonar’ o atual prefeito Edilson Capote (PSD), que perdeu a eleição no dia 2 de outubro.

“Havia sido montado uma rádio clandestina em Barras, que estava operando única e exclusivamente para ofender o candidato Edilson Capote, mais ou menos um mês antes da eleição. Diariamente candidatos da coligação de oposição estavam dando entrevistas e existia um jornal meio-dia que era de ataques diretos, com ofensas, injúrias, não só ao prefeito, mas aqueles que o apoiavam”, explicou um dos advogados da coligação ‘Barras no caminho certo’.

Apesar do nome ser ‘Educativa FM’, a programação quase toda era voltada para vangloriar Carlos Monte e cheia de ofensas contra Capote. A situação chamou a atenção dos advogados da coligação de situação que decidiram procurar a justiça.

“Fizemos duas representações contra a rádio, e uma eles apresentaram a defesa e o processo tramitou normalmente, o Ministério Público decidiu pela condenação. Tanto a rádio como alguns radialistas foram condenados e tiveram que pagar multa de R$ 8 mil cada um”, disse o advogado.

A rádio chegou a ser fechada em uma fiscalização da Anatel. Ela funcionava no prédio Mademoiselle C, conhecido como prédio dos Carcarás, cuja família apoiava o prefeito eleito Carlos Monte.

“Dois dias antes da eleição, a rádio voltou a funcionar, de forma clandestina, não com o nome de Educativa FM, mas os dois radialistas condenados voltaram a transmitir, de um local não sabido, e dessa vez mais veemente. Eles faziam propaganda aberta do Dr. Carlos e criticavam a coligação do Capote”, afirmou.

“Se eles divulgassem que qualquer candidato poderia ir lá, ou alguém que se sentisse ofendido poderia ir lá e pedir direito de resposta, só que em momento algum o Capote foi convidado para ir lá, mas o candidato Carlos Monte, que se elegeu pelo voto do povo, licitamente, foi chamado lá. Eles chegaram a ofender diretamente o secretário de Educação do município, Cláudio César, e foi feito um requerimento de direito de resposta, que não foi concedido, em seguida a rádio foi fechada”, completou.

“Era a única rádio que operava em FM na cidade, a outra é AM e pouquíssimas pessoas ouvem. Numa rádio FM a difusão é muito grande e mais no período antes da eleição, quando era proibido, com propaganda irregular. Não há problema em criticar uma gestão, mas ali era com o objetivo de prejudicar determinado candidato, eles só faziam isso, criticavam as famílias que apoiavam Edilson Capote e a intenção era difundir isso na zona rural, pois tinha um alcance grande, influenciou muita gente, a quantidade de pessoas indecisas era muita grande”, concluiu o advogado.

Fonte: None

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