Debate presidencial -

Mais propostas e menos ataques

Ontem, domingo, no debate promovido pela TV Record, não se viu com o tom de guerra declarado em evento anterior. Neste penúltimo encontro entre os presidenciáveis Aécio (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), estes adotaram uma postura mais propositiva do que os ataques pessoais. Isso por pesquisas internas, qualitativas que medem a temperatura dos candidatos sobre seus posicionamentos.
Deixando um pouco de lado a questão do nepotismo, os primeiros trinta 30 minutos do debate se focaram em inflação, desemprego e segurança pública.
O caso Petrobras, tema que o candidato Aécio propositalmente teria mais vantagem em explorar, isso por conta dos inúmeros escândalos envolvendo a estatal no comando do PT e aliados, não foi debatido nessa linha, mas sobre a sua gestão, fato que se estendeu também a outros setores dos quais os candidatos questionaram um ao outro. O certo é que nenhum dos dois deixou claro como pretende fazer uma boa gestão.
Dilma tem o mote da gerentona, mas passado quase quatro anos da sua gestão, muitas obras devem ficar para o próximo governo, sem contar com o desenvolvimento ruir da economia e do sumiço das grandes fábricas multinacionais do país. Isso lhe desqualifica como gerente competente e capaz de entregar obras em tempo. Se reeleita, deve finalizar primeiro suas iniciativas, para depois assumir o que prometeu em campanha. Aécio pretende impor ao Brasil um choque de gestão, modernizar e tornar o país mais atraente, mais desenvolvido e manter as boas conquistas dos brasileiros.
No último debate de quinta-feira (16), no SBT, em que o tom dos candidatos foi agressivo, ressuscitando em seguida velhas afirmações demagógicas e pouco lúcidas para um momento atual da democracia e da oportunidade, como as falas do ex-presidente Lula, de que Aécio foi ignorante com Dilma, comparando a situação a de que o tucano seria “capaz de pisar em pobres”. É um discurso já superado, e pouco válido para um gestor que deve governar para todos. É desejável que o bom gestor governe com decência e não estimule a divisão de classe.
Os governos, mais precisamente do PT, precisam mudar seus discursos deixarem que o Nordeste, caminhe livre. O nordeste precisa ser ele mesmo e deixar de ser do governo ou do PT, ou de qualquer outro partido. Dessa forma continua se tendo a impressão de que o Nordeste não é Brasil, é outra nação.
Mas avaliando o debate, que por fim foi contido, ameno, assim como os dois candidatos estão tecnicamente empatados nas pesquisas, assim também saíram do encontro. Hoje (20), sai nova pesquisa e na próxima sexta-feira (24) a TV Globo promove o confronto final.

Fonte: None

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