Eleições 2016 -

Campo Maior:pesquisas têm números exatamente opostos

Por Apoliana Oliveira

Faltando pouco menos de uma semana para as eleições, os institutos Datamax e Jales divulgam resultados de pesquisas realizadas em Campo Maior (PI), que trazem cenários exatamente opostos quanto ao possível resultado das eleições no município que fica a 85 quilômetros da capital Teresina. Nos últimos dias a cidade vive clima de tensão com a polarização da disputa entre Professor Ribinha (PT) e João Félix (PPS).

Pelos números de Jales, quem deve sair vitorioso das urnas no próximo domingo é o candidato Professor Ribinha. E se o levantamento do instituto Datamax estiver correto, o ex-prefeito João Félix é quem irá assumir a prefeitura a partir de janeiro de 2017. Nos dois casos, a diferença entre os candidatos é de pouco mais de 4%.

As duas pesquisas foram realizadas em dias próximos. Jales foi às ruas primeiro, nos dias 21 e 22 de setembro. Logo em seguida, nos dias 23 e 24, Datamax fazia seu levantamento. No primeiro, o professor Ribinha aparece na frente com pouco mais de quatro pontos percentuais à frente de João Félix. Foram 46% os que manifestaram intenção de voto no petista, contra 41,67% que dizem votar no ex-prefeito. Os candidatos Dr. Ribamar Coelho (PTN) e Dr. Marco Pereira (PTB) aparecem com 3% e 2,33%, respectivamente. Os indecisos foram 7%.

Mas se o Datamax de Rogério Milko estiver certo, é para Joãozinho Félix que Paulo Martins (PT) repassará a faixa de prefeito e a "chave da cidade". Os números do instituto mostram o ex-prefeito com 42,29%. Já Ribinha soma 37,43% das intenções de voto. Dr. Marco tem 2,57% da preferência do eleitorado, Dr Ribamar, 1,71%, e Marco da Mata - que inclusive já desistiu da candidatura e hoje apoia Joãozinho - somou 0,29%. Indecisos foram 12,86%, e os que disseram votar Nenhum/Nulo/Branco, 2,86%.

Em se concretizando a eleição de João Félix, ele terá conseguido driblar todas as polêmicas paralelas a sua campanha para chegar à prefeitura de Campo Maior, mais uma vez. A maior delas tem relação com o assassinato de Alípio Ribeiro, ocorrido em 2009, quando o então vice-prefeito de Jatobá do Piauí e irmão do jornalista Arnaldo Ribeiro, foi executado quando chegava no trabalho.
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Leia ainda - 180 resgata história do assassinato que aconteceu em 2009
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O ex-prefeito foi relacionado ao caso quando, em junho deste ano, o promotor Luciano Lopes Nogueira ofereceu denúncia contra João Félix e mais cinco pessoas acusadas de envolvimento no assassinato de Alípio. Agora em setembro, o juiz Mário César Moreira Cavalcante, da 1ª Vara da Comarca de Campo Maior, aceitou aditamento de denúncia oferecida pelo Ministério Público, tornando o candidato réu no processo.

João Félix é apontado como mandante do crime, pelo qual, segundo o Ministério Público, teria oferecido R$ 150 mil.

Desde então, a campanha segue cada dia mais tensa, com troca de acusações e até ameaças que, no último sábado, partiram de pessoas ligadas a João Félix - clique aqui para ler a matéria. Simpatizantes do candidato Ribinha mencionam ainda que, há vários dias, durante caminhadas, visitas e ‘adesivaços’ na casa dos eleitores são seguidos por homens em motos e, por multas vezes, impedidos de exercerem suas atividades.

O clima de insegurança é tanto que chegou a gerar incerteza sobre a visita de Wellington Dias (PT), dentro da programação da campanha de Ribinha. E se na cidade, o governador tem aprovação acima dos 70% entre a população, o atual prefeito Paulo Martins integra a lista dos dez mais mau avaliados no Piauí. o que gerou certo distanciamento do candidato petista em relação ao gestor.
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- Veja também - Campo Maior Prev possui somente 1/3 de R$ 12 milhões
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Agora falta pouco para saber qual dos institutos acertará - ou chegará perto - do efetivo resultado nas urnas, dia 02 de outubro.
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Ficha técnica das pesquisas

A pesquisa Jales em Campo Maior está registrada no TSE sob o número de protocolo PI-09136/2016. Ouviu 300 eleitores, tem margem de erro de 5,6% e nível de confiança de 95%.

O levantamento Datamax, que ouviu 350 pessoas, possui margem de erro de 5,2% e nível de confiança de 95%. O registro no TSE é o PI-04546/2016.

Fonte: None

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