Revista Carta CEPRO -

Wellington Dias garante concurso para a CEPRO e Antonio José analisa Planos de Desenvolvimento

Na manhã de hoje, em solenidade no Palácio de Karnak, a Fundação CEPRO, lançou o número 28 de sua tradicional revista, Carta CEPRO.

Este é um exemplar comemorativo dos 60 anos de planejamento no Estado do Piauí (a partir da criação da Codese, Comissão de Desenvolvimento Econômico) e dos 45 anos da Fundação CEPRO. A revista tem um caráter historiográfico e traz os Planos de Desenvolvimento do Piauí até 1992. A Carta CEPRO nº 29 deverá ser a complementação da revista lançada hoje.

Recebi o convite para estar presente no lançamento e de falar em nome dos ex-presidentes da Fundação CEPRO.

A solenidade contou com a participação, entre outros, do governador do Estado, Wellington Dias; da vice-governadora, Margarete Coelho; do secretário de Planejamento, Antônio Neto; e do presidente da Fundação CEPRO, Antônio José Medeiros (AJM). Convidado, compareceu também, o ex-governador Freitas Neto.

Na oportunidade que tive para falar lembrei aos presentes de dificuldades que passamos como a falta de emprego e a necessidade de racionar água por que passa o sertão piauiense. Mesmo assim, lembrei que o Governo precisa investir cada vez mais na produção de conhecimento e geração de dados. Disse que não podíamos nos contentar com as estatísticas nacionais e reivindiquei ao governador Wellington Dias mais condições de trabalho para a Fundação CEPRO, lembrando que o órgão precisa de concurso público.

Em sua fala, fazendo referência à reivindicação apresentada, o Governador afirmou já ter autorizado o concurso público para a Fundação. Segundo Antônio José Medeiros serão contratados 10 servidores para a CEPRO.

Ao final da solenidade, rapidamente, ouvi o presidente, Antônio Jose Medeiros sobre o conteúdo da revista lançada hoje. Perguntei que leitura ele fazia dos Planos de Desenvolvimentos publicados na Carta CEPRO. Ele lembrou que naquele tempo os estados buscavam se industrializar: “os primeiros planos publicados tinham como preocupação ( no clima da Sudene ) incentivar a industrialização e isso terminou não acontecendo. O que aconteceu mesmo foi a questão da infraestrutura porque era onde tinha mais recursos federais disponíveis e se tinha uma visão também – que hoje a gente critica – de que fazer a infraestrutura por si só atrairia investimentos produtivos. Nossas duas obsessões eram citadas, a questão do Porto de Luis Correia e a navegabilidade do Rio Parnaíba e, praticamente, nesses 60 anos se avançou muito pouco.”

Apesar de admitir isso, o presidente da CEPRO, disse que no campo social, se percebeu um avanço maior: “a infraestrutura social foi a que mais cresceu, a questão das escolas, por exemplo. Um pouco menos na área de saúde, apesar deste crescimento, há um déficit muito grande entre o que estava planejado e o que foi feito.”

Antônio José Medeiros lembra que hoje temos a região dos cerrados com muito potencial econômico, mas que só veio a aparecer nos Planos mais recentemente: “uma mudança que que ainda não aparece aqui, mas já aparecia no último Plano do Alberto Silva é a questão dos cerrados. É que agora tem os setores estratégicos que são do interesse do próprio grande capital investir. Mas se a gente não fizer um trabalho complementar de regulamentação pode haver crescimento econômico com desigualdade social. Por isso o planejamento, para evitar esses desequilíbrios.”

Para finalizar AJM lembra que a modernização do Estado sempre foi citada nos Planos de Desenvolvimento mas pouco avançou: “em todos os Planos uma das diretrizes é modernização do Estado, não é capacitação apenas de quem já está, mas a estruturação das carreiras, qualificação dentro da área especifica, mas aqui também não avançamos. Há insuficiência da infraestrutura, há insuficiência na área da modernização do Estado e houve uma mudança no foco do desenvolvimento através da industrialização para o desenvolvimento através da agropecuária.”

Fonte: None

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