Presidente do BNDES -

Quem dissemina a guerra de ódio ao PT está à merce de receber os tiros de volta, Jovem Pan é exemplo

Recentemente comentei aqui postura de jornalista local com relação às reuniões realizadas pelo ex-presidente Lula.

Vamos voltar ao tema hoje, mas abordando o jornalismo nacional. Mais precisamente a Rádio Jovem Pan.

Durante o tempo em que residi em São Paulo era ouvinte assíduo da emissora (principalmente da área esportiva, mas não só). Depois, já aqui no Piauí e a Pan em cadeia com a Radio Antena 10, também lhe dei muita audiência.

Concomitantemente com a ascenção do PT à presidente da República houve troca na direção da emissora paulista e uma guinada sensível em sua linha editorial.

A Jovem Pan é, agora, no rádio, aquilo que a Globo é em termos de TV aberta – um partido político a serviço de interesses do mercado e acirrada postura anti-petista.

Para fazer este “serviço” a emissora conta com o trabalho de Marco Antonio Vila, que se diz historiador.

Recentemente o governo do usurpador Michel Temer trocou o comando do BNDES.Para a presidência do Banco foi nomeado o economista Paulo Rabello de Castro. Formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Paulo Rabello é doutor em economia pela Universidade de Chicago. É um liberal.

Quando da posse de Rabello no BNDES (01 de junho de 2017), a Jovem Pan o entrevistou e Marco Antonio Vila, em sua caçada permanente ao PT, desafiou o novo presidente do BNDES a em 90 dias, através de um estudo interno do Banco, apresentar os mal feitos do PT naquela instituição.

Não foram preciso os 90 dias, na quinta feira passada o presidente do BNDES foi à Rádio Jovem Pan. Entrevistaram Rabello o veterano radialista Joseval Peixoto, a comentarista Denise Campos de Toledo e Marco Antônio Vila. Era melhor não ter tido a entrevista. Os três profissionais da Jovem Pan levaram “um sabão” do presidente do BNDES e, se vergonha, fosse mercadoria facilmente disponível a estas alturas estariam os 3 em casa.

Foram cerca de 36 minutos de entrevista nos quais o presidente do BNDES deixou os radialistas "nas cordas". E, em algumas oportunidades, nocauteados. Uma vergonha.

Joseval Peixoto abre a entrevista apresentando o presidente do BNDES e diz que ele estava ali para “apresentar o livro negro que você pintou de verde” – no que foi imediatamente cortado pelo convidado, “não, o livro é verde”. Já ao final da entrevista, fechando-a, Joseval revela ter total desconhecimento sobre o BNDES.
Ora, tem desconhecimento, mas não perdeu a oportunidade de usar o Banco como justificativas para suas criticas do governo petista.

Denise Campos de Toledo interveem aproximadamente 3 vezes na entrevista. Em todas elas só tem o termo “envolvido(a)” como argumento. Frases da Denise: 1) “BNDES envolvido em várias delações”; 2) “A Odebrechet está envolvida nestas obras” e 3) “O BNDES participou das pedaladas da Dilma. Estava envolvido”. Rabello não deixou a comentarista sem respostas.

Mas o mais vergonhoso ficou para Marco Antônio Vila. Atras de uma notoriedade na Jovem Pan e no cenário nacional, dos três reacionários do programa, ele é o mais agressivo. Se refere a Lula, Dilma e ao PT sempre de forma bem vulgar. Mas a régua de Paulo Rabello de Castro o mediu em sua exata minúscula dimensão.

O presidente do BNDES mandou Marco Antônio Vila ler o documento, prometeu voltar e tomar a lição de casa do tal historiador e pediu para dar aulas de economia para Vila.
A Joven Pan poderia ter ido dormir sem essa. Mas foi a opção que a emissora fez.
Agora, transcrevo a íntegra da entrevista do presidente do BNDES à Joven Pan, para que se tenha compreensão do que é fazer jornalismo e do que é transformar microfones da radiodifusão em palanques da direita fascista e reacionária do Brasil.

Fonte: None

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