Protesto de sindicalistas -

Câmara Federal ameaça quem protestou contra os parlamentares do Piauí que votam com Michel Temer

No protesto de segunda feira, quando lideranças sindicais e do movimento popular pressionaram parlamentares piauienses, o deputado Marcelo Castro (PMDB) acabou indo para a berlinda.

Porque reagiu destemperadamente dando um chute ao ser cobrado pelos manifestantes.

Porque foi feito um vídeo onde a situação fica extremamente clara e vivemos um tempo onde as redes sociais determinam o debate.

Porque vivia uma “lua-de-mel” com aqueles que protestavam, já que tinha votado contra o impeachment da presidenta Dilma.

Ao site Congresso em Foco, Marcelo Castro, disse ter reagido com um chute, “de forma instintiva”, à “pancada na cabeça” que diz ter sofrido, desferida por uma manifestante com uma haste de bandeira.

Já o também deputado Silas Freire, que exerce o mandato concomitante com o ofício de jornalista, escreveu no site Oitomeia que “o corregedor da Câmara, Carlos Marun, deve pedir em ofício para que a policia federal identifique quem são os supostos manifestantes que agrediram psicologicamente e fisicamente o deputado Marcelo Castro”

Marcelo Castro e demais devem entender que protestos são legítimos, nem a ditadura resistiu a eles.

Marcelo também deve entender que os eleitores da presidenta Dilma e aqueles que não votaram nela mas defenderam sua permanência na presidência pois o contrário era golpe, valorizaram por demais a atitude do peemedebista do Piauí na “assembléia de bandidos que depôs uma presidenta honesta”. Mas este fato não o leva para o céu.

Para manter a coerência é preciso continuar votando conforme o interesse do povo (redundância, já que é para isso que parlamentares são eleitos).

Do que adianta votar contra o impeachment de Dilma e se posicionar a favor do limite de investimentos em educação e saúde; da terceirização sem limites; do fim da CLT e entrar no furado discurso de reforma da Previdência?

Se houve excesso dos manifestantes, isso não justifica a falta de autocontrole do Deputado ao sair respondendo com chute.

Por fim, se a afirmação do deputado Silas Freire for verdadeira isto não passa de intimidação da Câmara Federal. E, se a Câmara tenta intimidar é com anuência de Marcelo Castro e dos outros parlamentares piauienses.

Esta não é a Câmara dos Deputados que teria a função de ser o local onde o futuro do país e de seu povo é discutido. É a Câmara Federal que se tornou um cartório de interesses pessoais (individuais) e/ou de grupos que estão longe de representar os interesses do povo sofrido do Piauí e do Brasil.

Centrais sindicais e movimentos populares já estão orientados. A pressão não se limitará a 2017. Os parlamentares têm sua sensibilidade aguçada em ano de eleição. E, para 2018 a campanha de cobrança de postura continuará. Já está claro que não adianta eleger um presidente popular e ter um congresso reacionário.

Fonte: None

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