Agitação no mundo político -

Bombas políticas sacodem o Brasil e o Piauí na semana da Independência brasileira

A semana da Independência do Brasil está repleta de fatos políticos tão ou mais importantes que o próprio ato que se comemora no dia de hoje.

O maior líder político do país terminou no dia 5 uma vitoriosa e popular caravana pelo Nordeste brasileiro. Mas, quando Lula aparece bem do ponto de vista do povo, pode esperar que de seus adversários vem chumbo grosso.

E, desta vez, o roteiro se repetiu.

A Procuradoria Geral da República fez duas denúncias contra o ex-presidente e para aumentar a munição dos anti-petistas ainda teve a “deduração” premiada de Antônio Palocci. Detido a mais de um ano e estabelecendo um "pacto de sangue" com a Lava Jato, Palocci esqueceu que só é Palocci por conta do PT e de Lula, e sem nenhuma prova, incriminou Lula numa tentativa declarada de obter vantagens quanto a sua futura liberdade. Resultado: horas e mais horas de “jornalismo” da Globo sobre a tríade Lula/Dilma/PT.

Mas os acontecimentos políticos não ficaram apenas na órbita de Lula.

Um escândalo muito maior veio exatamente de Curitiba – a central da Lava Jato e local de atuação do juiz Sergio Moro. A advogada Rosângela Moro, mulher do juiz da Lava Jato, teria recebido dinheiro do escritório do também advogado Rodrigo Tacla Duran, apontado como operador de propina da construtora Odebrecht. A mídia brasileira que sobrevive de repasses governamentais e da publicidade do sistema financeiro e do agronegócio, nada falou a respeito – é óbvio. Mas a imprensa alternativa observou que o nome de Rosângela, juntamente com o escritório do advogado Carlos Zucolotto Júnior, aparece em um relatório da Receita Federal entre os advogados que trabalharam para o escritório de Tacla Duran.

É a corrupção rondando um juiz federal e o silencio ensurdecedor da mídia e das instituições brasileiras. A grande mídia só tem espaço para a incriminação de Lula/Dilma/PT. Mas a semana reservava outras surpresas

A Polícia Federal encontrou as impressões digitais do baiano peemedebista Geddel Vieira Lima, num apartamento de Salvador onde na terça-feira foram encontrados R$ 51 milhões em espécie – distribuídos em malas e caixas. As impressões digitais reforçam as suspeitas de ligação do ex-ministro com o dinheiro, comprovando que ele esteve no imóvel onde a quantia milionária estava guardada. Para a Polícia Federal, o apartamento onde foram encontradas impressões digitais de Geddel, era um local de armazenagem de dinheiro em espécie. A quantia foi localizada em uma ação de busca e apreensão na Operação Tesouro Perdido, um desdobramento da Operação Cui Bono, sobre investigações de fraudes na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal. Mesmo com a apreensão de enorme volume de dinheiro e as ligações com Geddel, o político baiano continua em sua casa e ninguém o importunou.

 

Outra bomba política da semana foram as conversas gravadas dos delatores da JBS,  Joesley Batista e Ricardo Saud, entregues à PGR. As gravações revelam que os próprios procuradores da República devem satisfação à sociedade brasileira por um comportamento na Operação nada republicano. Quando surgiram as primeiras gravações de Joesley Batista, com a conversa com Temer ele dizia que tinha um procurador “no bolso”. Rodrigo Janot pediu a prisão do procurador Ângelo Goulart, contra o qual nada se apurou até agora. O procurador “no bolso” era outro: Marcelo Miller, braço direito do próprio Janot. Os áudios dos diálogos entre Joesley e seu operador Ricardo Saud são instigantes. Joesley diz que a orientação de Janot seria por “pressão neles (os próprios dirigentes da JBS) para eles entregarem tudo, mas não mexe com eles. Dá pânico neles, mas não mexe com eles”.

Janot poderia ter antecipado sua saída da PGR renunciando ao cargo após esta revelação. Mas preferiu jogar para a plateia, no caso jogar para a mídia – denunciou Lula/Dilma/PT e ganhou os holofotes.

E o Piauí não ficou de fora desta incrível semana. Na realidade o que os delatores da JBS queriam era revelar provas que incriminassem o senador piauiense Ciro Nogueira que segundo eles teria recebido 500 mil reais para trabalhar pelo fim da Lava Jato. Os Batistas se atrapalharam e trocaram o áudio que tinham intenção de enviar à PGR. Não foi o do Ciro, foi o que incriminou Marcelo Miller e por tabela Rodrigo Janot.

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