Analisando o Brasil -

“A classe média é lacaia da escravocrata elite brasileira” diz Jessé Sousa

Temos um país num turbilhão político e institucional.

Golpe civil, ameaça de militarismo, judicialização da política, entrega de patrimônio, perda de direitos trabalhistas e sociais e a Nação deitada em berço esplêndido.

Nestas terras, há os que dominam a anos, há os que são dominados e trabalham a vida toda e há a classe média.

Mas quem é, e o que é, a classe média?

O blog escolheu três vídeos de importantes estudiosos brasileiros que ajudam na definição de classe média e a entender um pouco do que se passa no Brasil de hoje.

Jessé Sousa: é um professor universitário e pesquisador brasileiro, nascido março de 1960. Exerceu a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).  Foi demitido do cargo em maio de 2016, quando Michel Temer assumiu interinamente a Presidência, depois do afastamento de Dilma Rousseff.

Formado em direito pela Universidade de Brasília (1981), concluiu o mestrado em sociologia pela mesma instituição. Doutorou-se em sociologia pela Karl Ruprecht Universität Heidelberg (Alemanha), país onde obteve livre docência nesta mesma disciplina Universität Flensburg. Também fez pós-doutorado em sociologia na New School for social research, Nova Iorque.

A partir de 2009, Souza empreendeu pesquisa sociológica em todo o país para confrontar a tese de que havia surgido uma "nova classe média" no país. O resultado foi a configuração de nova nomenclatura, a saber, "ralé", "batalhadores" e "ricos".

Escreveu e organizou 22 livros, em português, inglês e alemão sobre sociologia política, teoria da modernização periférica e desigualdade no Brasil contemporâneo. Atualmente, é professor titular de ciência política na Universidade Federal Fluminense, em Niterói, Rio de Janeiro.

 

Darcy Ribeiro: foi um antropólogo, escritor e político brasileiro, conhecido por seu foco em relação aos índios e à educação no país, nascido em outubro de 1922. Morreu em fevereiro de 1997.

Suas ideias de identidade latino-americana influenciaram vários estudiosos latino-americanos posteriores. Como Ministro da Educação do Brasil realizou profundas reformas que o levou a ser convidado a participar de reformas universitárias no Chile, Peru, Venezuela, México e Uruguai, depois de deixar o Brasil devido à ditadura militar de 1964.

Foi, ao lado do amigo a quem admirava Anísio Teixeira, um dos responsáveis pela criação da Universidade de Brasília, elaborada no início da década de 1960, ficando também na história desta instituição por ter sido seu primeiro reitor. 

Darcy Ribeiro foi ministro da Educação durante Regime Parlamentarista do Governo do presidente João Goulart  e chefe da Casa Civil. Durante a ditadura militar brasileira, como muitos outros intelectuais brasileiros, teve seus direitos políticos cassados e foi obrigado a se exilar, vivendo durante alguns anos no Uruguai.

Durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Rio de Janeiro (1983-1987), Darcy Ribeiro, como vice-governador, criou, planejou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEP), um projeto pedagógico visionário e revolucionário no Brasil de assistência em tempo integral a crianças, incluindo atividades recreativas e culturais para além do ensino formal - dando concretude aos projetos idealizados décadas antes por Anísio.

Publicou O Povo Brasileiro em 1995, obra em que aborda a formação histórica, étnica e cultural do povo brasileiro, com impressões baseadas nas experiências de sua vida.

 

Marilena Chauí: é uma filósofa nascida em 1941, escritora brasileira, professora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.

É considerada pela Revista Cult a filósofa mais importante do Brasil, com uma vasta e reconhecida obra.Também se destaca pela atuação política, tendo combatido a ditadura militar e participado da gestão da prefeitura de São Paulo como membro do Partido dos Trabalhadores, partido político de que é uma das fundadoras e ativa militante intelectual.

Concluiu a graduação na Universidade de São Paulo. Sua dissertação de mestrado, "Merleau-Ponty e a crítica do humanismo", foi defendida em 1967, mesmo ano em que iniciou o doutorado acerca das ideias do filósofo Baruch Espinoza, concluída em 1971, também na USP.

Em 1987, prestou concurso público e foi aprovada para o cargo de professora titular de filosofia da USP. Passou a dar aulas no Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, tendo se especializado em História da Filosofia Moderna e Filosofia Política. É livre-docente.

Durante a gestão da ex-Prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, Chaui atuou como líder da Secretaria Municipal de Cultura daquela cidade.

 

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