Teria pedido 10 milhões -

E-mail revela que dinheiro ao PMDB foi repassado após eleições

Além de um explosivo depoimento aos procuradores da Lava Jato, o lobista da Odebrecht Claudio Melo Filho entregou provas em sua delação. Entre as quais, um e-mail no qual Marcelo Odebrecht, então presidente da empreiteira, trata com executivos do grupo dos pagamentos a “MT”, referência a Michel Temer. Na mensagem, datada de 9 de outubro de 2014, ele promete entregar o dinheiro em fevereiro de 2015 — após as eleições, portanto.

O valor serviria, segundo o delator, para o pagamento de 10 milhões de reais que Michel Temer pediu para campanhas de outros peemedebistas a Marcelo Odebrecht. A solicitação teria ocorrido em um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014. Melo Filho e Eliseu Padilha, deputado na época, teriam participado do jantar. A fatura foi paga em dinheiro vivo e registrada no setor de propinas da empreiteira.De acordo com o lobista, 6 milhões de reais abasteceram a campanha de Paulo Skaf, afilhado político de Temer, ao governo de São Paulo. Os 4 milhões restantes foram reservados a Padilha. Conta Melo Filho: “Mantive contatos telefônicos com Eliseu Padilha para tratar do assunto”.

Melo Filho diz que o montante de 4 milhões foi dividido entre três pessoas. Uma parte do dinheiro, não especificada, foi entregue em espécie no escritório de advocacia de Eliseu Padilha, o “Primo”, em Porto Alegre. Outra parte, não detalhada, foi entregue no escritório de advocacia de José Yunes, em São Paulo. O terceiro beneficiário foi o então deputado Eduardo Cunha, o “Caranguejo”, que não estava no jantar, mas teria ficado com 1 milhão de reais.

No e-mail em que Marcelo Odebrecht orienta seus funcionários a fazer o pagamento (veja reprodução ao lado), o executivo desabafa: “Depois de muito choro não tive como não ajudar”, escreveu ele, ao pedir em seguida a seu subordinado para avisar “MT” que não daria um tostão a mais ao “time dele”.

Fonte: Veja.com

Fonte: None

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