Eleições 2016 -

Iracema destaca a pouca representatividade feminina nas eleições 2016

Uma análise feita pelo Portal G1 de Notícias, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revela que uma em cada quatro cidades brasileiras não terá nenhuma mulher na Câmara Municipal a partir de 2017.

A deputada federal Iracema Portella (PP-PI) chamou a atenção sobre o levantamento que mostrou onde 1.291 municípios elegeram apenas homens vereadores, o que representa pouco mais de 23% do total de cidades no nosso País.

De acordo com a pesquisa feita pelo G1, o Estado com maior número de cidades sem mulheres nas Câmaras de Vereadores é Minas Gerais. São 278. Logo depois aparece São Paulo, com 155. A Bahia tem 105 municípios sem representatividade feminina e o Paraná, 104.

Segundo essa análise, outros 1.963 municípios do Brasil terão apenas uma mulher entre os vereadores. E somente 885 cidades contam com mais de duas representantes.

Entre as 5.568 cidades do País, apenas 23 contam com mais mulheres do que homens no Legislativo. E só um município, no Estado de Pernambuco, tem exatamente o mesmo número de vereadoras e vereadores.

Os dados trabalhados pela reportagem do G1 revelam ainda que nenhuma cidade brasileira tem uma Câmara Municipal formada apenas por mulheres.

No entanto, existem duas cidades em que a representação feminina é de 63,6% nas câmaras de vereadores. São elas: Senador La Rocque, no Maranhão, e Uruçuí, no Piauí, em que as mulheres são sete dos 11 vereadores.

O levantamento mostra que o percentual de municípios sem mulheres nas câmaras de vereadores se manteve praticamente o mesmo na comparação com as eleições passadas, de 2012, assim como a proporção de mulheres eleitas para o cargo.

Neste ano, 13,5% dos eleitos são mulheres – ou 7,8 mil de 57,8 mil candidatos. Há quatro anos, o percentual foi de 13,3% – 7,7 mil de 57,4 mil candidatos.

A deputada declarou ainda que o fenômeno da sub-representação feminina continua presente na política brasileira, mesmo diante da lei que estabelece que cada partido ou coligação deve reservar, no mínimo, 30% e, no máximo, 70% das vagas para candidaturas de cada sexo.

“Vale destacar que nós, mulheres, somos mais da metade da população e somos maioria também entre os eleitores”, disse.

No Piauí, das 224 prefeituras, apenas 21 serão administradas por mulheres, o que significa 9,37% do total de municípios do Estado. Nas eleições de 2012, eram 25 prefeitas. Houve, portanto, uma redução de 16% no número de mulheres no comando municipal.

“Nosso desafio na luta por mais mulheres na política permanece gigantesco. Mas não podemos desaminar. Precisamos continuar estimulando que cada vez mais lideranças femininas entrem para a vida pública”, defendeu a deputada.

Para Iracema, é fundamental que os partidos façam um trabalho constante nessa direção. É necessário chamá-las para participar das discussões partidárias, dos encontros temáticos, dos debates sobre os principais temas municipais, estaduais e nacionais.

Para finalizar, Iracema Portella reafirmou ser importante ir além. Incentivar a participação das mulheres nas decisões partidárias. Elas não podem desempenhar um papel apenas figurativo. Devem influir nos destinos dos partidos.

“É dessa forma que as novas lideranças vão ganhando experiência e força, podendo, assim, influenciar na elaboração de projetos para melhorar a cidade, o Estado e o nosso País”, finalizou a parlamentar piauiense.

Fonte: None

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