Iracema celebra o Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água é celebrado sempre em 22 de março. A data foi estabelecida pela ONU em 1992 e, desde então, é destinada à discussão sobre os diversos assuntos relacionados a esse imprescindível bem natural, recurso essencial à sobrevivência de todos os seres vivos.

A deputada federal Iracema Portella (PP-PI) ressalta que a data comemorativa é uma oportunidade para que governos e sociedades promovam debates sobre a problemática da água, sobretudo nos dias atuais, quando o planeta está gravemente ameaçado pelas mudanças climáticas.

“É fundamental, portanto, aprofundar as discussões sobre o uso racional da água num cenário de escassez cada vez maior de recursos naturais”, defendeu a deputada progressista.

Além da escassez, segundo a deputada, ainda se enfrenta o problema da baixa qualidade. Fatores como a poluição provocada pelas atividades humanas faz com que boa parte da água disponível não esteja apropriada para o consumo.

Estima-se que 20% da população mundial não tenha acesso à água limpa. Segundo dados do UNICEF, em média, em todo o mundo, aproximadamente duas mil crianças com menos de cinco anos morrem diariamente devido a doenças diarreicas e cerca de 1.800 dessas mortes estão ligadas à água, ao saneamento e à higiene.

No Brasil, a coleta e o tratamento das águas residuais são ainda um enorme desafio para o saneamento ambiental. Segundo o Instituto Trata Brasil, apenas 48,6% da população tem acesso à coleta de esgoto, sendo que desse volume somente 40% passa por algum tipo de tratamento antes de ser descartado na natureza.

Foto: Juscelino Reis (Rio Poty - O Pesqueirinho em Teresina) 

Iracema Portella lamenta que as desigualdades sociais ficam evidentes quando o tema é o saneamento básico. A Região Norte, por exemplo, é a que apresenta as médias mais baixas de tratamento de esgoto (14,36%), enquanto o Centro-Sul brasileiro tem os melhores índices, acima da média nacional.

Isso precisa mudar urgentemente, assegura a parlamentar. Segundo a ONU, limitar o despejo na natureza de águas residuais não tratadas salva vidas, fortalece ecossistemas saudáveis e contribui para o desenvolvimento sustentável.

“É fundamental garantir a todas as pessoas o acesso à água potável e aos serviços de saneamento. Melhorar a gestão dos recursos hídricos no Brasil e em todo mundo é uma de nossas principais missões para assegurar o sucesso da Agenda de Desenvolvimento Sustentável até 2030”, concluiu a deputada piauiense.