Cores neutras e obras de arte -

Obras de arte nos ambientes sem deixar o lugar com jeito de galeria

A reforma do apartamento de 600 m², comandada pela arquiteta Consuelo Jorge, incluía usar obras de arte nos ambientes sem deixar o lugar com jeito de galeria. As peças colecionadas pela moradora do imóvel no Jardim Paulistano, em São Paulo, mereciam destaque. Consuelo teve acesso, por exemplo, a telas de Frans Krajcberg, Iberê Camargo e Tomie Ohtake. Por isso, logo investiu em uma decoração charmosa repleta de cores neutras. “As tonalidades off-white usadas nos revestimentos do piso, teto, das paredes (e até mesmo de alguns móveis) criaram um pano de fundo que ressaltou o colorido das obras e dos objetos de design da decoração”, afirma.

Mas a proposta da arquiteta de conseguir sintonia entre a arte e o convívio familiar foi além. Consuelo recorreu à integração dos ambientes e a recursos que trouxessem para trazer praticidade ao projeto. Incluiu portas giratórias e nichos embutidos no projeto, além de valorizar os espaços de circulação. A arquiteta buscou ainda criar grandes vãos livres nos ambientes, de modo a serem separados por divisórias flexíveis quando necessário. A biblioteca foi um exemplo disso. O ambiente integrado ao home theater contou com estantes pivotantes que poderiam ser totalmente abertas ou fechadas. Já a área íntima do apartamento teve o acesso reservado por um corredor de circulação, o que garantiu a privacidade dos moradores.
Outra solução encontrada por Consuelo para conseguir harmonia entre os espaços foi a unificação do piso nos ambientes. A cozinha integrada à sala de jantar contou com a proposta e ainda tons off-white no décor – sendo o destaque as poltronas “Flow”, do designer Jean-Marie Massaud. E as obras de design continuaram a ser distribuídas pelo apartamento. O living de 120 m² recebeu sofás assinados por Piero Lissoni, a cadeira de balanço “On” (de Oscar Niemeyer) e a trança de cobre do designer pernambucano Tunga. “Os espaços deveriam tratar as obras de arte como parte integrante do dia-a-dia da família e não serem simplesmente um espaço reservado como uma galeria”, diz.

A reforma no apartamento paulistano teve ainda uma redução no número de suítes – antes cinco, agora duas. A proposta permitiu ganhar espaço nos ambientes e um lugar para o closet de 36 m². O ambiente repleto de roupas foi marcado pelas cores terrosas e armários com acabamento de vidro e laca, além de um bonito lustre Baccarat. Outro ponto alto da reforma foi a sala de banho da suíte máster. A arquiteta abusou do mármore preto Nero na parede, fazendo contraste com o branco predominante da decoração. E na hora de iluminar os espaços, não hesitou em investir no rebaixamento de forros e no uso de luminárias direcionáveis para destacar as obras de arte.

Fonte: arkpad

Instagram

Comentários

Trabalhe Conosco