Após chacinas no Brasil -

Paraguai adota medidas para que a guerra entre PCC e CV não chegue ao país

As autoridades penitenciárias do Paraguai tomaram a decisão de isolar detentos identificados como membros do PCC e do Comando Vermelho que estão presos naquele país. A decisão tem como objetivo evitar que se repitam nas prisões paraguaias os episódios de violência que foram registrados na semana passada em Manaus e Boa Vista.

O diretor de Estabelecimentos Penitenciários do Paraguai, Julio Agüero, disse ao jornal Ultima Hora, de Asunción, que a decisão foi influenciada por informações de que havia riscos reais de enfrentamentos entre os presos nas prisões de seu país. “Fomos recomendados a tomar cuidado”, disse ele.

Agüero afirmou que existem membros do PCC e do Comando Vermelho em grupos pequenos em prisões de diversas regiões do país. Em Pedro Juan Caballero, cidade localizada na fronteira com o Brasil, há a maior concentração de criminosos associados às facções. Um total de 5o presos do PCC e 5 do Comando Vermelho foram colocados em isolamento.

Para diversos especialistas em segurança, a guerra entre o PCC e Comando Vermelho teve origem em junho do ano passado, com o assassinato do traficante Jorge Rafaat Toumani. Ele era considerado o chefe das operações de tráfico na fronteira do Paraguai com o Brasil.

A execução de Rafaat marcou o domínio total do PCC na fronteira e deu início ao que os criminosos passaram a chamar de Narcosul. O crescimento exponencial do PCC levou o Comando Vermelho e as facções associadas, entre as quais a Família do Norte (FDN), a iniciar uma guerra pela sua sobrevivência.

Na semana passada, dois membros do PCC foram assassinados na cidade paraguaia de Capitán Bado. As mortes foram vistas pelas autoridades locais como o prenúncio de um prolongamento da guerra travada no Brasil.

Em 2 de janeiro – um dia depois da chacina de Manaus – um importante preposto do PCC também foi executado na fronteira com o Brasil. Pablo Jaques e sua noiva foram vítimas de uma emboscada.

O traficante era apontado como o preposto de Jarvis Chimenes Pavão, um brasileiro que está preso por narcotráfico e considerado um dos principais nomes da facção paulista no país vizinho. No ano passado, as autoridades paraguaias acusaram Pavão de planejar um atentado contra a vida do presidente Horácio Cartes.

Fonte: Veja.abril

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