Em entrevista -

‘Não tinha nenhum santo’ entre os presos mortos, diz José Melo, governador do AM

O governador do Amazonas, José Melo (Pros), afirmou nesta quarta-feira que “não tinha nenhum santo” entre os 56 detentos mortos na rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. O motim, que durou 17 horas, começou no último domingo(01/01) e terminou só na segunda-feira(02/01).

“O que eu sei te dizer é que não tinha nenhum santo. Eram estupradores, eram matadores que estavam lá dentro e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria no Estado do Amazonas. Como uma medida de segurança, nós retiramos todos ainda ligados a essa facção e segregamos em outro presídio para evitar que continuasse acontecendo o pior”, disse o governador, em entrevista à Rádio CBN, referindo-se à transferência de mais de 150 presos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) para a Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, também em Manaus, nesta terça-feira(03/03).

Segundo informações do governo amazonense, as mortes foram resultado de um ataque do grupo Família do Norte (FDN), vinculado ao Comando Vermelho, contra integrantes do PCC. Desde o meio do ano passado, as duas organizações criminosas começaram a se enfrentar pelo domínio do tráfico de drogas no país.

Na entrevista, o governador frisou que a “guerra de facções” foi o que motivou a rebelião, apesar de o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, ter dito ontem que metade dos mortos não tinha ligação com organizações criminosas. Questionado sobre a declaração de Moraes, Melo desconversou: “Eu não posso fazer nenhum comentário sobre o que o ministro falou”.

“O fato que aconteceu aqui em Manaus. que foi motivo de muita tristeza para todo mundo, foi a briga de facções criminosas, fato que começou em São Paulo, depois foi para o Rio de Janeiro, se espalhou pelo Nordeste, já aconteceu em todos os Estados do Norte. E o último é o Amazonas, que aconteceu numa violência sem comum”, completou o governador. Melo também afirmou que a superlotação nos presídios é resultado da ofensiva do seu governo no combate ao tráfico de drogas no Estado, que “praticamente dobrou a população carcerária”.

O governador também defendeu a criação de um fundo nacional com repasse dos Estados para ampliar a atuação das Forças Armadas nas fronteiras do país. Segundo o governador, o objetivo é impedir que as drogas “saiam dos países produtores para chegar às áreas urbanas do Brasil”.

Fonte: Com informações da VEJA.com

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