Adequação da produção -

Exportadores de carne querem reiniciar a curto prazo vendas para os EUA

Com a suspensão pelos Estados Unidos da importação de carne bovina fresca do Brasil, anunciada nesta quinta-feira (22/06), a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec) informou nesta sexta-feira (23/06) que as medidas necessárias para adequar os processos produtivos estão sendo tomadas.

Em nota, a associação lamentou a suspensão e disse esperar que as exportações da carne sejam retomadas a curto prazo, tão logo as providências adotadas pelo Brasil sejam apresentadas ao governo norte-americano.

“As ações corretivas para adequação dos processos produtivos já estão sendo tomadas. Elas serão apresentadas em missão coordenada pelo Ministério da Agricultura, prevista para as próximas semanas. Baseado no próprio comunicado norte-americano, a entidade acredita que, confirmados o encontro e a apresentação das medidas para correção das irregularidades encontradas, as exportações podem ser retomadas a curto prazo”, informa a nota.

Hoje, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que deve ir aos Estados Unidos com uma equipe para prestar esclarecimentos e tentar reverter a suspensão à importação de carne bovina fresca do Brasil.

Preocupações recorrentes

No comunicado que informa a suspensão, o secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, disse que a medida foi tomada devido a preocupações recorrentes sobre a segurança dos produtos destinados ao mercado americano.

A Abiec, que representa as empresas exportadoras de carne bovina, registrou na nota que tem entre suas principais preocupações a segurança alimentar dos consumidores e que a indústria de carne bovina brasileira segue altos padrões de vigilância sanitária em toda a sua cadeia produtiva.

Na última quarta-feira (21/06), o governo brasileiro já havia suspendido preventivamente as exportações da carne de cinco plantas frigoríficas brasileiras aos Estados Unidos depois de autoridades sanitárias americanas identificarem irregularidades provocadas pela reação a componentes da vacina contra a febre aftosa.

Blairo Maggi explicou que a reação provoca um caroço na carne no local onde o animal é vacinado que, no entanto, não oferece risco à saúde pública. A suspensão imposta pelo governo americano atinge as 13 plantas frigoríficas brasileiras que estavam habilitadas a exportar para os norte-americanos.

Em julho do ano passado, após 17 anos de negociações, o Ministério da Agricultura concluiu acordo com os Estados Unidos para exportação de carne bovina fresca para o mercado norte-americano. Até então, os brasileiros vendiam apenas carne bovina industrializada para os Estados Unidos em função das rigorosas exigências sanitárias impostas pelo país.

Fonte: Agência Brasil

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