Dados do INCA -

Câncer de pulmão diminui entre os homens mas aumenta entre as mulheres

Segundo estudo divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), após análise do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, a mortalidade por câncer de pulmão vem caindo entre os homens mas subindo entre as mulheres.

Os dados revelam que a taxa de mortalidade padronizada (que elimina os efeitos do envelhecimento populacional) em decorrência da doença, passou de 18,5 por 100 mil habitantes em 2005 para 16,3 por 100 mil habitantes em 2014, entre os homens. No caso das mulheres, a taxa aumentou de 7,7 por 100 mil habitantes para 8,8 por 100 mil habitantes no mesmo período.

O tabagismo tornou-se uma epidemia entre os homens, ainda nas primeiras décadas do século XX, principalmente quando o cinema passou a associar o tabagismo a figura masculina, tendo sua disseminação mais ampla durante a década de 40. Entre as mulheres, o maior risco aparece entre as que nasceram a partir da década de 1960, que se tornaram fumantes nas décadas de 1970 e 1980 e só agora aumentou o número de casos de câncer de pulmão entre elas. Como os “pico epidêmicos” ocorreram em momentos diferentes, espera-se que ainda demore alguns anos para a que se observe a queda de caso entre as mulheres, assim como vem ocorrendo entre os homens.

Alta letalidade
Entre os pacientes diagnosticados com câncer de pulmão, apenas 33% estavam vivos um ano após o diagnóstico. A taxa de sobrevida é ainda mais alarmante quanto maior o tempo: somente 8% dos pacientes estavam vivos cinco anos após o diagnóstico. A estimativa é que 90% dos homens atingidos pela doença fumaram em algum momento da vida. Entre as mulheres, o percentual é de cerca de 60%. Dados do Inca revelam que são esperados para este ano e o próximo cerca de 56.400 novos casos de câncer de pulmão no país que, em 2014, foi o tipo mais letal da doença entre os homens e o segundo que mais matou mulheres, atrás apenas do câncer de mama.

O câncer representa apenas 12,5% das mortes ocasionadas pelo fumo
O fumo ainda causa aproximadamente 200 mil mortes por ano no Brasil em decorrência de doenças vasculares e/ou respiratórias, entre outros males. Em 2014 foram registrados no Brasil 25.422 óbitos em decorrência de câncer de pulmão.

Consciência e campanhas
Apesar do cenário adverso, números dão conta de que os brasileiros estão deixando de fumar. Na população em geral, a taxa de fumantes caiu consideravelmente. Em 2006, 15,7% dos brasileiros fumavam. Já em 2014, a parcela era de 10,4%. Entre os homens, a porcentagem de fumantes nesse período passou de 20,3% para 12,8%, enquanto entre as mulheres caiu de 12,8% para 8,3%.

Fonte: O Globo, Inca e CFF

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