Hipertensão arterial -

Aferir a pressão arterial exige capacitação de quem executa

Hipertensão é um dos mais graves problemas de saúde pública no Brasil e no mundo. Uma doença insidiosa, não apresentando sintomas perceptíveis ao paciente, não dói, não coça, não incomoda, até que possam surgir os sintomas mais graves: acidente vascular cerebral (AVC ou o popular derrame) ou o infarto do miocárdio (popular ataque cardíaco).

Ainda consumimos muito sal, um dos principais responsáveis pela elevação da pressão arterial. Para termos uma ideia do excesso sal que consumimos, um único sanduíche de uma marca famosa, contém a mesma quantidade de sal que um índio, utilizando apenas sua alimentação tradicional, levaria um mês para consumir. Por conta disto, é recomendável que além de consumir o mínimo de sal possível, todos devam aferir a sua pressão arterial pelo menos semestralmente.

Mas atenção: a pressão arterial deve ser medida por profissionais capacitados. Até há algum tempo atrás era possível observarmos nas ruas de nossa Capital, pessoas vestidas de branco, oferecendo-se a medir a pressão arterial em troca de determinada quantia em dinheiro. Somente pela escolha do local em que os mesmo executam este serviço, em praças públicas, observa-se logo que a sua capacitação é questionável.

Dependendo do horário do dia, da atividade física realizada anteriormente, do consumo de certos alimentos e do humor do momento, podemos ter valores mais elevados e que não retratem a realidade.

Ao acordamos, após o uso de alimentos estimulantes, como o café, após certos hábitos, como fumar um cigarro, podem levar a leituras mais elevadas. Para muitos pacientes, a presença de um profissional de saúde fazendo a leitura, também podem levar a leituras mais elevadas.

Alguns especialistas afirmam, que até um cinto apertado em volta da cintura, principalmente se isto estressa o paciente, pode elevar as leituras. A posição em que o paciente se encontra, também pode trazer resultados diferentes, pois, quando um paciente está deitado, a leitura geralmente é mais alta do que quando ele está sentado ou de pé. Um simples cruzar de pernas pode levar a alterações do resultado.

As aferições devem ser realizadas depois que o paciente permaneça sentado tranquilamente num ambiente relaxado por pelo menos cinco minutos, o que nem sempre é observado.

A braçadeira do equipamento de leitura deve ser do tamanho certo para o braço, que deve ser apoiado na altura do coração. A leitura deve ser feita em ambos os braços. Uma diferença significativa entre eles leva a uma maior investigação. Quando um paciente está deitado, a leitura geralmente é mais alta do que quando ele está sentado ou de pé.

Porém, é muito importante que quando for aferir a pressão arterial, um profissional qualificado deva ser procurado e observar se todos estes cuidados foram tomados. Nos postos de saúde e nos hospitais, este procedimento geralmente é executado pela enfermagem. Outra observação importante, é que somente o médico pode fazer o diagnóstico e prescrever algum medicamento.

Algumas farmácias da capital contam com farmacêutico qualificado para a aferição da pressão arterial e que emite para o paciente, ao final do procedimento, uma declaração de serviços farmacêuticos. Havendo alterações, o farmacêutico encaminhará o paciente ao médico para que este, caso necessário, faça uma investigação mais aprofundada para chegar a um diagnóstico e, se necessário, prescreva algum medicamento ou apenas recomende mudanças de hábitos prejudiciais.

Fonte: None

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