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Nacional protesta na Conmebol contra Yago; Corinthians explica escalação

O Nacional-URU, adversário do Corinthians nas oitavas de final da Copa Libertadores, apresentou um protesto na Conmebol contra a escalação do zagueiro Yago no empate por 0 a 0 da última quarta-feira. Segundo o clube de Montevidéu, o atleta não poderia ter jogado por ter sido pego em exame antidoping no Campeonato Paulista. O departamento jurídico corintiano, entretanto, afirma que o jogador tinha condições legais de atuar.

"O jogador devia estar suspenso preventivamente. O Brasil devia ter comunicado isso à Conmebol, e o jogador não deveria estar disponível", disse Guillermo Pena, dirigente do Nacional, à rádio 1010AM.

"Nós sabemos da situação desde a segunda-feira passada. Enviamos uma carta à Conmebol dizendo que tínhamos a informação e queríamos saber da situação do jogador. Ontem, na reunião técnica antes da partida, na presença do delegado da Conmebol, o Nacional afirmou ao Corinthians que tinha mandado essa nota", continuou.

O dirigente também afirmou que a Conmebol respondeu à notificação do clube uruguaio dizendo que não tinha "nenhum conhecimento" sobre a situação de Yago, e que o atleta estava liberado para jogar.

Corinthians afirma que Yago tem condições normais de atuar

Rogério Moliica, diretor jurídico do Corinthians, explicou que Yago tem condições de atuar normalmente, já que nenhuma suspensão foi feita até o momento. "O Corinthians ainda aguarda a contraprova e só depois, se constatada a substância, pode haver uma suspensão. Até o momento, ele tem condições de jogo", declarou.

Advogado corintiano no caso, João Zanforlin também deu parecer semelhante. "Está na fase da contraprova. Como vai ter uma suspensão antes de se chegar o resultado? O Corinthians está bem tranquilo, está sempre tranquilo", informou.

Contraprova sai na segunda-feira, mas Yago deve jogar na quarta que vem

Na próxima segunda-feira, o resultado da contraprova de Yago será revelado. Como o próprio Corinthians assumiu o uso da substância, a tendência é que o teste seja novamente positivo, o que levará a uma suspensão provisória de 30 dias para que o caso seja julgado. A tendência é que esse gancho, porém, seja aplicado só depois da partida de volta contra o Nacional, marcada para 4 de maio.

"Isso vai depender do presidente do tribunal (TJD-SP), da hora em que ele receber todo o expediente. Tem que ter todos os elementos, documentos, para o presidente analisar e aplicar ou não a punição. Isso é muito relativo, às vezes ocorre em dois dias, em uma semana. Eu nunca vi em um dia fazer todo esse expediente", disse o advogado João Zanforlin.

Yago foi flagrado em exame antidoping realizado em março, após clássico contra o Santos pelo Paulistão. Ele testou positivo para a substância betametasona, usada para combater uma inflamação no joelho. O departamento médico do Corinthians, por meio do consultor Joaquim Grava, assumiu responsabilidade pelo episódio.

Fonte: UOL

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