Sem empates -

Liga dos Campeões: Tuchel fala sobre o embate do Dortmund com o Mónaco

Vinte anos passaram desde que o Dortmund venceu a UEFA Champions League de 1996/97, após bater a Juventus por 3-1 na final. No momento em que a sua equipe se prepara para defrontar o Mónaco nos quartas-de-final, um segundo título é objetivo para os comandados de Thomas Tuchel. O treinador de 43 anos, que sucedeu a Jürgen Klopp em 2015, deu a sua opinião sobre os desafios que se seguem.

Não acredito que se possam encontrar equipes nesta fase que não pensem ser possível chegar à final, mas há que ser realista. Pode parecer desanimador, mas o facto é que não nos podemos dar ao luxo de ter sequer 45 minutos menos conseguidos. Para seguir em frente é preciso duas exibições de topo, o mesmo que dizer quatro partes de grande nível.

O Mónaco é um pouco como nós: espetacular, ofensivo e forte, e a equipe tem uma média de idades semelhante à nossa. Jogam a um ritmo muito elevado e, para além dos talentos individuais, têm um espírito coletivo muito forte. Penso que é seguro dizer que não teremos dois empates a zero. As duas equipes estão demasiado interessadas em marcar e em chegar ao limite. Estou muito otimista, mas sou sempre. Sentimo-nos preparados para todos os jogos e somos tão fortes e confiantes que acreditamos sempre na vitória.

Quero que todos os que vão ao estádio e desfrutem do nosso futebol, porque jogamos um futebol de ataque e marcamos mais do que os nossos adversários. Penso que também somos bons a recuperar a bola, em jogar a um ritmo elevado, bons nas combinações ofensivas rápidas e somos também uma equipe trabalhadora. Diria também que temos uma forte identidade e espírito coletivo.
A UEFA Champions League é uma experiência louca, algo diferente. Até uso fato e gravata para os seus jogos (prefiro fato de treino na Bundesliga). É como um festival de futebol e há uma energia especial. Podemos jogar em grandes estádios frente a formações com tradições ricas. Traz à memória os jogos da Taça dos Clubes Campeões Europeus que via na TV com o meu pai. Sabia que não veria outro durante um mês, pelo que não perdia nenhum.
O maior desafio é mantermo-nos normais. Usamos roupas diferentes, o hino toca, é à noite, enfrentamos os maiores clubes da Europa, mas temos de orientar a equipa como se fosse a Bundesliga. Mas chega a hora do jogo e o aperto de mão com Zinédine Zidane termina, a partida começa e o meu trabalho é dar à equipe as maior possibilidades de ganhar.
Ser treinador de um clube grande e apaixonado como o Dortmund é algo de sonho – estar em pé, junto à linha, em frente a 80.000 adeptos e liderar a equipe rumo à vitória num jogo ante o Ingolstadt. Chegar às meias finais da UEFA Champions League seria fantástico, mas também o é ganhar o derby com o Schalke. Ser treinador e ter pessoas a dizer-nos que estamos a fazer um bom trabalho no Dortmund é um sonho tornado realidade.
Temos de encarar com seriedade todas as ocasiões. Não penso: "Oh, sábado é a Bundesliga, mas depois é a Champions League, pelo que vamos abrandar e fazer descansar alguns jogadores." Temos de dar a maior importância a todos os jogos. É disso que se trata. Os jogos surgem em catadupa e queremos que esta sequência de partidas dure o mais tempo possível – esperemos que até à final.- Disse Thomas Tuchel.

Fonte: UEFA

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