CBF fez anúncio nesta manhã -

Reprovado pelos torcedores, Dunga é apresentado na seleção brasileira

Dunga foi confirmado como novo treinador da seleção brasileira nesta terça-feira, em coletiva de imprensa realizada na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro. Comandante da equipe de 2006 a 2010, o ex-jogador retorna ao cargo com a missão de reerguer um time fragilizado com a campanha na Copa do Mundo do Brasil – quarta colocação com direito a goleada de 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal, e nova derrota por 3 a 0 para a Holanda.

"Ficou demonstrado através de números, e não apenas de palavras, que ele possui todos os requisitos e toda a capacidade para dirigir novamente a seleção brasileira", disse José Maria Marin, presidente da CBF. "É um homem experiente, preparado, e todos nós dessa mesa temos plena confiança no trabalho que ele pode desempenhar", completou.

A negociação para fechar com o substituto de Luiz Felipe Scolari aconteceu em menos de uma semana. Novo coordenador-técnico da CBF, Gilmar Rinaldi iniciou as conversas com o aval do presidente da entidade, José Maria Marin, e do futuro comandante e atual mandatário da Federação Paulista, Marco Polo Del Nero. Rinaldi finalizou o acordo com Dunga rapidamente. O capitão do tetra de 1994 ganha nova chance na seleção.

Em 2006, o treinador foi contratado pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Dunga também tinha o objetivo de comandar uma recuperação do futebol brasileiro, eliminado da Copa da Alemanha nas quartas de final, pela França. A missão será a mesma para o técnico neste momento: ser linha dura.

A prioridade é manter os jogadores focados apenas em treinos e jogos, e também que ações de patrocinadores e mudanças de visual sejam limitadas. Além disso, o plano é superar o descontrole emocional demonstrado pelo grupo durante a Copa-2014.

Mesmo sem experiência como técnico após se aposentar, Dunga liderou uma seleção que conseguiu bons resultados e títulos: o Brasil garantiu a Copa América de 2007 e a Copa das Confederações de 2009 e também terminou as eliminatórias para a Copa-2010 na primeira colocação. O temperamento forte do ex-jogador, com respostas ríspidas e pouco interesse em evitar confrontos, também foi marcante durante a sua passagem pela CBF.

O Mundial da África do Sul marcou a derrocada de Dunga. Uma derrota por 2 a 1 para a Holanda nas quartas de final da competição determinou a sua demissão.

Dunga deixou o cargo de treinador da seleção em 2010, com 60 partidas – 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas. Mano Menezes o substituiu, mas não teve sucesso e acabou demitido em 2012. Luiz Felipe Scolari foi o escolhido para comandar a seleção brasileira na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, ambos os torneios disputados dentro de casa.

A CBF entende que Dunga fez um bom trabalho nos quatro anos em que esteve à frente da seleção brasileira. Esse foi um dos fatores determinantes para a escolha feita pela dupla Marin-Del Nero. Após passagem pela equipe nacional, o treinador teve apenas mais uma experiência como treinador. No Internacional, de janeiro a outubro de 2013, o ex-jogador venceu o Campeonato Gaúcho, mas acabou demitido após quatro derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro.

GALLO COMANDARÁ NAS OLIMPÍADAS
A seleção brasileira de futebol já tem um treinador para a busca do inédito ouro olímpico nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Alexandre Gallo, um dos observadores de Felipão na Copa do Mundo de 2014 e atual técnico das seleções de base do Brasil, é o nome para comandar a equipe sub-23 nas próximas Olimpíadas.

- Aproveito a oportunidade para anunciar que o Gallo vai ser o treinador do Brasil nas Olimpíadas de 2016. Vamos dar o suporte necessário e acompanhar o trabalho dele de perto - disse Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções da CBF, na apresentação de Dunga.

O novo técnico da equipe principal do Brasil, inclusive, prometeu trabalhar em conjunto com o trabalho nas categorias de base da Seleção. Segundo Dunga, o projeto será um só.

- Vamos trabalhar junto com as categorias de base, com o Gallo, e a coordenação do Gilmar. A CBF está nesse planejamento há dois anos e vamos dar sequência. Não precisamos fazer dessa Copa do Mundo terra arrasada, há coisas que podem ficar. A gente viu na Copa que é importante o talento, mas o planejamento também. Como é importante o marketing, mas que o resultado dentro de campo também - declarou.

Em casa, o Brasil vai tentar mais uma vez o sonho do ouro inédito no futebol olímpico. A Seleção tem como melho participação três medalhas de prata em 2012 (Londres), 1988 (Seul) e 1984 (Los Angeles).

Fonte: Com informações do Globoesporte e do UOL

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