Ex-jogador da seleção -

Promotoria denuncia Edílson por ligação em fraude em loterias esportivas

O Ministério Público Federal de Goiás denunciou o ex-jogador da seleção brasileira Edilson por suposto envolvimento em esquema que cometia diversos tipos de fraude, entre as quais o recebimento indevido de prêmios de loterias esportivas. Além do ex-atleta, outras 10 pessoas foram denunciadas por fraude, estelionato, moeda falsa, falsificação de documento público, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, tráfico de influência, corrupção ativa, crime contra a ordem tributária, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

O esquema ilícito consistia em captar e validar prêmios não sacados pelos ganhadores do prêmio. Em nota do MPF de Goiás, Edílson era um dos responsáveis por cooptar gerentes da Caixa Econômica Federal a fim de participarem de fraudes para recebimento indevido de prêmios de loterias do banco. O ex-jogador participou do esquema no começo de 2014 até setembro de 2015.

"Edilson valia-se de seu prestígio para influenciar os gerentes do banco a participarem da fraude, uma vez que seria impossível praticá-la sem a participação de empregados do banco", destaca o comunicado do Ministério Público Federal de Goiás.

Para evitar identificação, Edilson era chamado de "Tio" pelo grupo em contatos telefônicos e mensagens por celular.

"A atuação Edilson foi promover conversa com o gerente de sua conta bancária para cooptá-lo para o esquema de bilhetes de loteria. (…) Ele é conhecido como a pessoa que protege e garante a impunidade de Eduardo", informa a Promotoria. O Eduardo citado é Eduardo Pereira dos Santos, vulgo "Chefe", apontado como o líder do grupo.

O "recrutamento" desses gerentes dava-se em São Paulo, Goiás e Bahia. Nesse caso, o grupo tinha acesso aos dados de bilhetes de loteria premiados e por prescrever, já que os verdadeiros donos não haviam realizado o resgate do prêmio no prazo estipulado.

A quadrilha falsificava bilhetes premiados e retiravam a premiação junto à Caixa, cujos valores eram divididos pelos integrantes da quadrilha.

Edílson e os outros 10 envolvidos foram denunciados com base na investigação batizada de Operação Desventura, coordenada pela Polícia Federal em vários estados do país.

Quando um prêmio da loteria não é retirado, os valores são destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). Em 2014, ganhadores de loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões em prêmios da Mega-Sena, Loteca, Lotofácil, Lotogol, Quina, Lotomania, Dupla-sena e Timemania. A quadrilha tinha acesso aos ganhadores que não buscavam os prêmios.

Fraude foi descoberta em outra investigação
O esquema fraudulento que captava bilhetes premiados da loteria foi descoberto durante outra investigação da polícia, batizada de Caverna de Platão. A polícia investigava delitos cometidos em sistemas informatizados do INSS.

A partir do rastreamento de benefícios a idosos que eram desviados foi possível identificar a organização criminosa, que também explorava loterias esportivas.

Fonte: Com informações do UOL

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