Situação segue indefinida -

Neymar tem ofertas de Real e PSG e força Barça a quebrar cabeça

O contrato atual de Neymar com o Barcelona expira em julho de 2018. E a renovação de um vínculo até junho de 2021 já é discutida há mais de quatro meses entre clube e o estafe do jogador. No entanto, apesar da vontade do brasileiro em permanecer, a questão fiscal não resolvida aliada a propostas melhores de outros clubes seguem emperrando a assinatura.

Pensando em manter o brasileiro, o Barça já ofereceu um substancial aumento de salário -- os vencimentos do craque passariam de 11 a cerca de 16 milhões de euros anuais. Cientes do momento extracampo pelo qual passa o brasileiro, Real Madrid e Paris Saint Germain decidiram se movimentar.

Segundo apuração do UOL Esporte, o rival espanhol está disposto a grandes esforços para trazer o atacante: ao Barça, pagaria a multa rescisória, que pessoas ligadas ao clube catalão afirmam ser de 190 milhões de euros (R$ 824 milhões); ao jogador, 20 milhões de euros anuais, quase o dobro do que ele ganha atualmente.

A oferta dos franceses, por sua vez, é astronômica, com pagamento da multa e salários que superam o do sueco Zlatan Ibrahimovic e chegam perto dos 40 milhões de euros – Neymar chegaria para ser o astro maior do PSG, assim como Messi e Cristiano Ronaldo em seus clubes.

O Barcelona ainda enfrenta problemas na Justiça espanhola por conta de pagamentos feitos a intermediários na contratação de Neymar. Na ocasião, a empresa responsável pela busca de patrocinadores, outra ligada a captação de atletas e a fundação Neymar JR, foram utilizadas para o pagamento de mais de 40 milhões de euros. O acordo originou a acusação de delito fiscal.

Usar empresas terceiras é justamente o que Neymar quer evitar no novo acordo com o Barcelona. Só que para isso, o anseio é de que o Barcelona ainda melhore a oferta salarial, já que o imposto na Catalunha para a classe rica, a qual se enquadram todos os jogadores do clube, é de 53%. Em depoimento à Justiça Espanhola, o pai do jogador afirmou que tinha em mãos ofertas financeiramente vantajosas para mudar de cidade. É no sentido de oferecer mais segurança ao atacante na questão fiscal que o clube espanhol precisa se manifestar e vem quebrando a cabeça nos últimos meses.

A prática de usar outras empresas para complementar parte do salário é manobra comum entre os atletas do Barcelona, mas já causou sérios problemas aos argentinos Mascherano e Messi. O volante reconheceu ter ocultado mais de 1,5 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões) em impostos entre 2011 e 2012 e foi condenado a um ano de prisão, pagando multa de 860 mil euros (aproximadamente R$ 3,7 milhões) por um acordo – ele não ira à cadeia por ser réu primário. Já Messi ainda enfrenta acusação de fraudar a Receita Federal da Espanha em 4,2 milhões de euros (cerca de R$ 18 milhões) relativos a impostos não recolhidos entre 2007 e 2009.

Em Madrid, Neymar pagaria imposto de 51% do salário: a cobrança na Espanha varia de acordo com a região. O clube da capital ainda se gaba de não ter jogadores enfrentando problemas de sonegação com a Justiça. Em Paris, o número é ainda maior, de 75%, mas o PSG contrabalanceia oferecendo valores astronômicos e livres de impostos.

Fonte: Com informações do UOL

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