Aversário duríssimo -

Minotouro defende honra da família em UFC que promete hoje ter 'luta do ano'

Já foi mais fácil ser um dos irmãos Nogueira, uma das famílias mais vitoriosas do mundo do MMA. Rodrigo Minotauro vem de um nocaute sofrido contra Roy Nelson. Rogério Minotouro tenta se manter em ação e driblar suas numerosas lições. Neste sábado, o segundo, Minotouro, entra em ação para defender a honra da dupla, mas contra uma parada duríssima: Anthony Johnson, invencível nas suas últimas sete lutas.

O duelo acontece em San Jose, Califórnia (EUA), em um card que pode ter a luta do ano. O combate principal da noite – que começa às 17h15 com o card preliminar e tem o card principal às 21h – vale a chance de disputar o cinturão dos meio-médios, de Johny Hendricks. Robbie Lawler, ex-desafiante ao título, encara Matt Brown, na expectativa de cinco rounds de uma batalha sangrenta na trocação.

Minotouro faz a luta co-principal, quase um presente que ganhou do UFC. Fora de ação há quase um ano e meio, depois de ter vencido Rashad Evans, o baiano foi jogado aos leões. Anthony Johnson é quinto no ranking – o brasileiro sequer aparece na lista dos meio-pesados – e venceu sete combates, sendo quatro por nocaute, nos últimos dois anos. No mesmo prazo, Minotouro só entrou no octógono uma vez.

É claro que a idade chega para todos e os 38 anos dos Nogueira começa a pesar. Minotauro não quer se despedir já e anunciou que faz mais duas lutas, para se despedir antes dos 40 anos. Minotouro é mais ousado, quer mais seis lutas e sabe que uma vitória contra Anthony Johnson, ainda que difícil, o leva a uma boa posição para a disputa de cinturão, algo que ele nunca conseguiu fazer no UFC.

"Mesmo vindo de bastante tempo sem lutar, estou muito confiante em ter uma grande performance. A qualidade do meu camp foi excelente, contei com atletas de alto nível ao meu lado e consegui treinar muito bem", disse o veterano, que contou com a ajuda de Anderson Silva na sua preparação.

"Minha estratégia é ditar o ritmo da luta e impor o meu jogo a todo o momento. Respeito muito o Anthony Johnson, que é um lutador muito perigoso, mas acredito que sou mais completo do que ele e que tenho armas suficientes para vencer essa luta tanto em pé quanto no chão. Tenho certeza que, se preciso, farei os três rounds de alto nível e com muito intensidade", completou.

Johnson adota um discurso modesto. Diz que ainda não é candidato ao cinturão e prega respeito a Minotouro. "Tenho de ser ainda melhor do que fui contra Phil Davis", disse ele, sobre a vitória por pontos, em abril. "Rogerio é um lutador e eu respeito isso. Ele pode acabar minha noite com um soco, uma finalização, assim como eu também posso fazer. Tudo pode acontecer".

Quem vencerá este confronto de meio-pesados do UFC deste sábado?

O norte-americano tem se mostrado muito forte desde que apostou em lutar como meio-pesado. Potente na trocação, também é bom na luta agarrada, deixando a Minotouro como saída a aposta nas finalizações do baiano, faixa-preta de jiu-jítsu, e principalmente em aproximar a luta e usar seu boxe, um dos mais técnicos do MMA.

Minotouro fará sua sexta luta desde que chegou ao UFC, em 2009, vindo de uma carreira com sucesso principalmente no Pride – onde bateu Dan Henderson e Alistair Overeem. No Ultimate, estreou com duas vitórias, perdeu para Ryan Bader e Phil Davis, e voltou a vencer nos seus mais recentes compromissos, contra Tito Ortiz e Rashad Evans.

Lawler x Brown: luta do ano?
Eles podem não ser os mais conhecidos do público, mas pelos seus estilos, suas mãos pesadas e queixos firmes, Robbie Lawler e Matt Brown prometem com antecedência uma das lutas mais emocionantes do ano.

Quem vencerá a luta principal do UFC deste sábado?

Dois lutadores que apostam na luta em pé e que vem em boa fase, eles se enfrentam para saber quem será o próximo desafiante do campeão dos meio-médios Johny Hendricks. Lawler quer a revache: foi ele quem encarou Hendricks em março, quando o cinturão estava vago. Depois disso, nocauteou Jake Ellenberger no UFC 173 e agora soma quatro vitórias em cinco lutas.

Já Brown, que teve momentos na carreira em que parecia que chegaria ao fundo do poço, tantas derrotas sofreu, embalou: são sete triunfos consecutivos, sendo o último uma lutaça contra Erick Silva, a quem nocauteou, depois de estar em grande desvantagem.

A torcida quer ver a "luta do ano". Mas Lawler foge disso: "Não quero ir lá para brincar. Ele é um grande oponente, mas não vou para uma luta com idas e vindas. Vou para ditar o ritmo e dominar. É para isso que treinei".

"Eu apenas amo lutar. Não tenho preferência em como acabar a luta, se será longa, ou sangrenta. Se vier nocaute, finalização, tudo bem. Sempre tento acabar logo, mas não importa como venha", analisou o rival, Brown.

Três brasileiros em ação, com dois estreantes
Além de Minotouro, o Brasil está presente neste UFC com três lutadores, sendo dois estreantes. A peso palha Juliana Lima, especialista em muay thai e jiu-jítsu, faz sua primeira luta na organização, contra Joanna Jedrzejczyk.

Entre os homens, dois meio-médios. Hernani Perpétuo começou sua caminha no Ultimate com derrota e agora encara Tim Means. Já Gilbert Durinho estreia contra Andreas Stahl. Muito forte no jiu-jítsu, o faixa-preta é braço-direito de Vitor Belfort e mora na Flórida, onde treina com o veterano na academia Blackzilians.

Fonte: Com informações do Uol

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