Ex-presidente do Santos tem de pagar R$ 20 mil a pai de Neymar

A 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o ex-presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, a pagar uma indenização de 20.000 reais a Neymar da Silva Santos, o pai de Neymar. A condenação se deve a "danos morais e ofensa à dignidade e imagem" e confirma decisão da 3ª Vara Cível do Foro Regional de Pinheiros. A decisão foi publicada na página do Tribunal de Justiça de São Paulo e reproduzida pela assessoria de Neymar no site oficial do jogador.

Laor havia sido condenado em outubro a pagar indenização ao pai de Neymar por ter chamado o empresário de "mercenário, mau-caráter e mentiroso", além de dizer que ele "promoveu orgia" em Londres. As declarações foram dadas ao site da ESPN Brasil. O ex-dirigente apelou da sentença, alegando que suas críticas eram"meramente profissionais" e pautadas na liberdade de expressão. No entanto, a desembargadora Marcia Regina Dalla Déa Barone, considerou o teor das críticas ofensivo e manteve a decisão.

A relação entre Luis Álvaro e Neymar pai era boa até a revelação de que o empresário recebeu uma comissão pela negociação do atacante com o Barcelona. O dirigente ficou ainda mais furioso ao saber que Neymar assinou um pré-acordo com o clube espanhol uma semana antes da final do Mundial de Clubes, de 2011, justamente entre as duas equipes, vencida pelo Barça por 4 a 0.

"Achava que o pai do Neymar era meu amigo. Mas hoje não quero ver na frente do meu carro, pois senão ao invés de brecar eu acelero. Não estendo a mão para ele. E, se estender, é para dar uma porrada. É um mentiroso, aproveitador, só pensava em dinheiro. É mau-caráter, mentiroso, duas caras", afirmou Laor na entrevista à ESPN Brasil, em maio do ano passado.

O pai de Neymar admitiu à Receita Federal que a sua empresa, N & N Consultoria Esportiva Empresarial Ltda, recebeu 113,9 milhões de reais só pela transferência do jogador. Já o Santos recebeu cerca de 50 milhões de reais e ainda teve de repassar 40% dessa quantia ao grupo DIS, que detinha parte dos direitos de Neymar.