Diretoria no Vasco -

Doença grave, vice afastado e filho polêmico: a crise de Eurico no Vasco

"Não vai cair, já falei para vocês. Eu garanto. E quem não quiser acreditar ou estiver insatisfeito, pode ir embora daqui". A frase é de Eurico Miranda a seus pares políticos em mais uma das reuniões de diretoria no Vasco. O discurso do presidente mostra muito mais do que a confiança exagerada em um time que tem seu pior desempenho na história dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro. O posicionamento do mandatário em tempos de crise evidencia que os problemas não estão apenas dentro de campo.

Fora das quatro linhas, a harmonia na diretoria já não é a mesma do início da gestão. Alguns membros da alta cúpula cruzmaltina não escondem mais a insatisfação com os recentes posicionamentos do "chefe" e admitem nos bastidores que o momento é turbulento no grupo.

A crise na diretoria pode ser representada no isolamento de um dos principais aliados de Eurico Miranda na época da eleição e também no início de mandato. O vice-presidente geral do Vasco, Fernando Horta, se afastou da diretoria e raramente participa de encontros e decisões do grupo. O vice retornou às reuniões na última segunda, quando discordou do mandatário diversas vezes e deixou transparecer que o clima não é dos melhores,

Este distanciamento de Horta – e outros – é apenas um dos problemas que Eurico precisa contornar. Além do incômodo de parceiros, o presidente luta contra uma doença na região da bexiga – sistema urinário.

"A doença é algo grave, mas ele não admite e nem gosta de falar disso. Tanto dentro quando fora do clube. É algo fechado na família. E todos ali entendem que a vida dele é o Vasco, ficar afastado seria pior. Então descumpre até ordens médicas para estar no clube", comentou um dos aliados do presidente ouvidos pela reportagem.

Não bastasse a limitação de saúde que o impede até de se locomover como em outros tempos, o presidente ainda precisa de fôlego para driblar as seguidas polêmicas causadas pelo comportamento do filho Eurico Brandão, o Euriquinho.

Com o pai debilitado e afastado do clube em alguns momentos por conta de exames e internações, Euriquinho tenta assumir as rédeas em São Januário. A tentativa de mostrar poder em todos os departamentos, no entanto, incomoda alguns caciques da política cruzmaltina ligados ao presidente.

Se em outros departamentos o incômodo com o filho do chefe é tratado com discrição, no futebol a insatisfação é praticamente pública. O desgaste começou ainda na pré-temporada de 2015, quando Euriquinho não escondia a falta de paciência com o trabalho do diretor Paulo Angioni.

A rusga entre os dois aumentou com o passar dos meses. Com o filho do presidente tendo poderes cada vez maiores, o executivo ficou "encostado".

Fonte: Com informações da Uol

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