Família está desesperada -

Diretor de torcida organizada do Flamengo está desaparecido

Jorge Eduardo da Silva Rodrigues, o Dodinho, diretor da torcida organizada do Flamengo Raça Rubro-Negra, completou 24 anos no dia 25 de janeiro e comprou dois carros-pipa para encher a piscina de um cube, em Nova Iguaçu, onde comemoraria o aniversário, no dia seguinte, com churrasco e cervejas.

Entre o fim da noite do dia 25 e a madrugada que antecederia a festa, o diretor foi a um encontro com o ex-presidente da Raça, Anderson Clemente da Silva, o Macula, e em seguida desapareceu.

— Meu filho estava jantando com o pai, em Belford Roxo, quando recebeu um telefonema do Macula. Ele chamou o Dodinho para ir a uma festa em Irajá. Um sobrinho ligou para o meu filho, à 1h58m do dia 26, e o Jorge atendeu o telefone dizendo que estava na tal festa e que iria comemorar o aniversário mais tarde no clube. Depois, ele desapareceu. Não estou acusando o Macula, mas ele foi último a estar com meu filho — disse Sílvia Valéria Marques da Silva, de 39, mãe do diretor da Raça-Fla.

Peça-chave da investigação do desparecimento, que está sendo feita em sigilo pela Divisão de Homicídios, Macula teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, por conta de um outro crime. Ele é acusado de matar Luciano Martins dos Santos, torcedor do Botafogo, e de ferir a tiros outras três pessoas. O crime aconteceu dia 5 de fevereiro de 2012, na Rua Cândido Benício, em Campinho.

SUMIÇO LIGADO A PAIXÃO PELO TIME
Para Sílvia Valéria, o desaparecimento do filho pode estar ligado à torcida organizada que era integrada por Dodinho. Apaixonado pelo Flamengo, ele estava no cargo há menos de um ano. Pai de um menino de 3 anos, Jorge Eduardo, segundo a mãe, estava afastado das brigas.

— Meu filho era apaixonado pelo Flamengo e viajava o Brasil inteiro atrás do clube. Cansei de dar conselhos para ele sair da Raça. Falava que para torcer não era preciso ir ao estádio, mas não adiantou. Depois que o filho dele nasceu, o Jorge melhorou muito e não se envolvia mais em brigas. Ainda não sei o que aconteceu, mas acho que o desaparecimento do Dodinho está ligado a alguma coisa da torcida organizada — disse Sílvia, que no último dia 19, esteve com o chefe de polícia, delegado Fernando Veloso, e pediu ajuda para esclarecer o caso.

— Fui muito bem atendida. O delegado Fernando Veloso encaminhou o caso do meu filho para a Divisão de Homicídios. Quero encontrar o Jorge Eduardo vivo ou morto — disse Sílvia.

PROCURA
Sílvia ficou duas semanas sem trabalhar a procura do filho. Ela esteve em hospitais de São Gonçalo, Zona Oeste e Baixada. A família também procurou por delegacias e até no Instituto Médico-legal. Quem souber algo sobre o que aconteceu com o diretor da Raça pode repassar informações para o Disque-Denúncia (2253-1177). Não é preciso se identificar.

PROFISSÃO
Jorge Eduardo era eletricista e tinha contrato de experiência em empresa que presta serviços para a Light. Dodinho também vendia cestas básicas.

Fonte: Com informações do Extra

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