Time está perdido na temporada -

Cristóvão Borges chega ao Flamengo com missão de dar identidade ao time

Entre apostar em um novato ou abrir o cofre por um medalhão, a diretoria do Flamengo escolheu o meio termo: Cristóvão Borges, um treinador que ainda busca seu primeiro título na profissão, mas já passou por clubes de ponta em quase quatro anos de carreira. Na tarde desta quinta-feira, ele inicia sua trajetória no Flamengo com a missão de dar identidade a um time que ainda não se encontrou na temporada.

O primeiro desafio será o clássico de domingo contra o Fluminense, clube que dirigiu por 11 meses, até ser demitido em março deste ano. Até lá, descontando o treino desta quinta, em que os jogadores que atuaram no empate em 1 a 1 com o Náutico são poupados de atividades mais fortes, Cristóvão terá apenas dois dias para preparar o time que tentará tirar o Flamengo da crise - hoje, a equipe está na zona de rebaixamento do Brasileiro, em 17º lugar, com apenas um ponto em três jogos.

No elenco rubro-negro há poucos jogadores que já trabalharam com Cristóvão. O principal é o atacante Alecsandro, dirigido por ele no Vasco, entre 2011 e 2012, quando o clube de São Januário também contava com o hoje diretor executivo de futebol rubro-negro, Rodrigo Caetano. A maioria do elenco confia na virada sob o comando de Cristóvão, mas apenas pelas referências externas.

- Nunca trabalhei com o Cristóvão, mas só tenho boas informações a seu respeito. Ele tem tudo para fazer um bom trabalho - aposta o meia Arthur Maia, que foi titular contra o Náutico na equipe comandada pelo auxiliar técnico Jayme de Almeida.

Para o cabeça-de-área Cáceres, a fase adversa requer união dos jogadores:

- Neste momento, só o grupo pode tirar o Flamengo desta situação. Não conheço muito o Cristóvão, mas já ouvi dizerem que é um treinador muito tático. Tomara que ele consiga melhorar o time.

Cristóvão Borges, de 55 anos, iniciou a carreira de treinador no susto. Então auxiliar de Ricardo Gomes no Vasco, ele assumiu o comando do time após o ex-zagueiro sofrer um AVC justamente no clássico contra o Flamengo, no fim de agosto de 2011, pelo Brasileiro. A boa passagem por São Januário — levou o time ao vice-campeonato nacional e à semifinal da Copa Sul-Americana naquele ano —, incentivou-o a seguir a carreira de treinador. No entanto, aqueles são, até hoje, seus melhores resultados na profissão. Depois do Vasco, Cristóvão dirigiu o Bahia e o Fluminense.

Jayme como auxiliar

Quem também terá trabalho no Flamengo é o preparador físico Rodrigo Poletto, que acompanha Cristóvão. Este ano, o elenco rubro-negro coleciona problemas musculares, a ponto de o ex-técnico Vanderlei Luxemburgo não ter tido, em momento algum da temporada, todos os jogadores à disposição. A lista de lesionados começou com Eduardo da Silva e Gabriel, ainda na pré-temporada. Depois, vieram Samir, Arthur Maia, Paulinho (duas vezes), Canteros e Éverton (duas paradas por lesão na coxa).

Marcelo Cirino (edema na coxa) e de novo Éverton (problema lombar) foram as últimas baixas, e tentam se recuperar a tempo de jogar o Fla-Flu. Contra o Náutico, mais um problema: Almir contundiu o ombro no segundo tempo e foi levado do Maracanã para um hospital na Barra da Tijuca para fazer exames.

Cristóvão também levará para o novo clube seu auxiliar, Cassiano de Jesus, e contará, ainda, com a assistência de Jayme de Almeida, que faz parte da comissão técnica permanente do Flamengo e dirigiu o time interinamente ontem, contra o Náutico, pela Copa do Brasil.

A situação não é nova para Jayme, que voltou ao clube em abril e dividia a função com o ex-atacante Deivid, auxiliar de Luxemburgo. Ainda em busca do seu primeiro título como treinador e de identificação com Flamengo, Cristóvão terá um bom exemplo em Jayme, que ganhou a Copa do Brasil de 2013 e o Carioca de 2014 na única passagem como técnico do Flamengo.

Fonte: Com informações do Extra

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