Chefe da Ferrari garante não se arrepender da saída de Alonso

Após cinco temporadas, o espanhol Fernando Alonso deixou a Ferrari no ano passado e rumou para a McLaren, que havia acabado de reatar a parceria com a Honda. Em seu lugar, a Scuderia contratou o alemão e tetracampeão Sebastian Vettel, vindo da Red Bull. O chefe da equipe, Maurizio Arrivabene, assegura que a mudança foi positiva, pois acredita que já estava na hora de Alonso deixar Maranello.

"Fernando sempre será uma parte da história da Ferrari, mas era óbvio que havia chegado o momento de nos separarmos dele. Não me arrependo de nada", explicou o italiano, rasgando elogios ao alemão, campeão do GP da Malásia. "Vejo que Sebastian, assim como Fernando, é rápido e muito trabalhador, ganhou o título antes e quer ser campeão de novo. Está bem assentado na equipe", acrescentou.

Nos cinco anos de Ferrari, Alonso venceu 11 corridas, mas nenhum título. Foi três vezes vice-campeão para Vettel, sendo que em 2010 e 2012 o Mundial de Pilotos foi decidido apenas na última prova. Apesar do pífio desempenho da McLaren neste início de temporada, Alonso criticou a antiga equipe, destacando que a Ferrari não fez progresso real em relação ao ano passado e a distância da líder Mercedes ainda era a mesma.

"Alonso pode dizer o que quiser. Pode falar sobre ele pelos próximos dez anos, mas a equipe está por cima disso. O capítulo acabou. A situação ficou mais tranquila e a equipe começou a acreditar em si mesma de novo. O resto não me interessa", completou Arrivabene.

A Ferrari está em segundo lugar no Mundial de Construtores, somando 192 pontos, enquanto a Mercedes tem 328. Entre os pilotos, o britânico Lewis Hamilton lidera, seguido por Nico Rosberg. Na sequência vêm Vettel, com cinco pódios, e Raikkonen, com apenas um. O desempenho do finlandês, abaixo do esperado, tem levado a mídia italiana a especular sobre possíveis substitutos ao piloto na próxima temporada. Os principais nomes são o finlandês Valtteri Bottas, da Williams, o alemão Nico Hulkenberg, da Force India, e o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull.