Fãs estão entusiasmados -

Crítica: 'Thor', que estreia nos cinemas, é melhor na hora da pancadaria

Primeiro, os quadrinhos invadiram o cinema, com a proliferação de blockbusters com heróis das editoras Marvel e DC. Agora, a lógica dos gibis também chega a Hollywood, com tramas se entrelaçando de um filme a outro.

Por isso, "Thor - O Mundo Sombrio", que estreia hoje, tem ligações com o primeiro filme do Deus do Trovão, de 2011, e também com "Os Vingadores", lançado no ano passado, que trazia um punhado de heróis contra Loki, o maléfico irmão de Thor.

Enquanto Homem-Aranha e Homem de Ferro dão sinais de apatia em suas franquias no cinema, Thor parece ainda ter muito a mostrar. É, ao lado do grupo X-Men, a melhor adaptação de herói da Marvel para a tela.

Claro que, para gostar, ser um leitor dos gibis ajuda muito. Este "O Mundo Sombrio" tem uma profusão de batalhas e personagens de nomes esquisitos que pode desanimar qualquer um que nunca comprou a revistinha do Thor.

Loki, depois de destruir metade de Nova York em "Os Vingadores", está preso em Asgard, a terra dos deuses vikings. Thor está ocupado com uma batalha atrás da outra --esse povo gosta de pegar uma espada e sair lutando.

Aí, numa trama complicada, fenômenos inexplicáveis, que envolvem a namorada terrestre de Thor, a cientista Jane Foster, acabam libertando uma raça de guerreiros do mal há tempos aprisionada. A partir daí, Thor vai lutar para destruir essa ameaça.

O filme melhora bastante quando entra na pancadaria. O Thor do cinema não se preocupa muito em ser fiel ao quadrinho. Na tela, ele não tem a identidade secreta do médico Don Blake, e Jane Foster foi promovida --no gibi, ela é só a enfermeira de Blake.

Mesmo com um cachê polpudo, é curioso ver Natalie Portman, depois do Oscar por "Cisne Negro", no papelzinho de namorada do herói.

Quando ao intérprete de Thor, a tarefa exige um rosto inexpressivo, músculos e um vozeirão. Chris Hemsworth tem o kit completo, mas a linearidade de seu personagem não permite maiores voos dramáticos.

Como acontece em todos os filmes de heróis, o vilão é bem mais interessante. O bom ator inglês Tom Hiddleston empresta carisma e ambiguidade a Loki. Ele já roubou a cena em "Os Vingadores" e repete a dose aqui.

Os melhores momentos são quando Thor e Loki precisam se unir contra uma ameaça maior. E sobra ao espectador tentar descobrir as reais intenções do irmão malvado --ou será ex-malvado?

Por causa de Loki, que venha mais um filme.

Fonte: Com informações da Folha Online

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