Triste Despedida! -

Confira 10 motivos que fizeram 'Em Família' fracassar no Ibope

A novela "Em Família" chega ao fim neste sexta-feira (18) como o maior fracasso da história da teledramaturgia da Globo no horário nobre.

Nunca antes da história da emissora um folhetim teve médias tão baixas como a história da Helena de Júlia Lemmertz. Até o dia 3 de julho, a trama estava com média de 29 pontos. Cinco pontos atrás da média de "Salve Jorge", atual detentora do título.

Autor de sucessos como "Por Amor" (1998), "Laços de Família" (2000) e "Mulheres Apaixonadas" (2003), Manoel Carlos não merecia uma despedida tão melancólica. O autor já afirmou que esta é sua última novela.

Assim como sua Helena, estavam lá todos os ingredientes que, durante duas décadas, fizeram suas produções serem elogiadas pelo público e pela crítica.

Há quem aposte em desgaste de um formato que transformou seus projetos em um grife dramatúrgica. Mas, a verdade é que, dessa vez, problemas no roteiro e erros na direção da novela prejudicaram "Em Família".

Confira 10 motivos que levaram a trama ao fracasso
As primeira fases de 'Em Família' foram muito mais movimentadas do que todo o resto da trama. No entanto, a falta de rostos conhecidos do grande público afugentou parte dos telespectadores. Eram tantas apostas do diretor Jayme Monjardim que a impressão que se tinha era de que a produção era uma espécie de 'Malhação' para adultos. A baixa audiência na primeira semana levou a direção a cortar alguns capítulos e apressar o início da terceira fase prejudicando todo o desenrolar da história.

A estreia da terceira fase confundiu os telespectadores por conta da escalação bastante equivocada de parte do elenco. A sensação que era de que o produtor de elenco e o diretor haviam enlouquecido. Foi estranho ver a Helena de Júlia Lemmertz chamar Juliana, agora interpretada por Vanessa Gerbelli, de tia. Difícil comprar a ideia de que Júlia é mais nova que Vanessa.

Nas redes sociais, muita gente fez piada com a falha. O problema dificultou o entendimento da trama por parte dos telespectadores ajudando a afundar o projeto.

Julia Lemmertz defendeu com maestria sua Helena. Mas, assim como em 'Viver a Vida', Manoel Carlos não soube criar uma história forte para sua protagonista.

Apagada e com sua trama andando em círculos, a mãe de Luiza (Bruna Marquezine) demorou tanto a se desprender do passado que quase foi esquecida pelo público. A passividade de Virgílio (Humberto Martins) só prejudicou o núcleo principal já que o personagem não dava margem para reviravoltas até a reta final do folhetim.

Manoel Carlos tentou a todo custo fazer de Laerte (Gabriel Braga Nunes) um mocinho regenerado. Não haveria nenhum problema em sua redenção se o rapaz não tivesse escolhido Luiza (Bruna Marquezine) para ser a sua mocinha.

O público, claro, rejeitou o romance da menina com o algoz de seu pai e grande amor de sua mãe. Talvez, tudo fosse diferente se o casal tivesse se apaixonado sem saber dos laços familiares que os uniam.

A repercussão da recaída de Laerte por conta de seu ciúme exagerado mostrou que 'Em Família' carecia de um vilão que pudesse movimentar a história.

Com a regeneração do flautista, a expectativa ficou de que Shirley (Viviane Pasmanter) infernizasse a vida de Helena e Luiza. No entanto, a crueldade da menina que deixou a 'amiga' quase morrer afogada na infância se transformou em uma ácida ironia que não fazia mal a ninguém.

A falta de um bom vilão e a demora entre o conflito entre os protagonistas atrapalharam o ritmo do folhetim.

Com poucas subtramas interessantes, os excelentes diálogos de Manoel Carlos ficaram perdidos entre conversas no elevador sobre amenidades que em nada acrescentavam à história.

A melancolia tomou conta de todos os núcleos do folhetim. 'Em Família' se tornou uma novela pesada por conta do rancor que movia boa parte dos personagens.

O público sentiu falta de humor no horário nobre. Cotado para ser a válvula de escape da tensão do folhetim, o núcleo do asilo acabou perdendo espaço na trama e os atores fazendo figuração de luxo.

Outro grande problema de 'Em Família' foram as faltas de ganchos. As cenas mais esperadas eram exibidas nos meios do capítulo.

Também não houve a preocupação se segurar os telespectadores na passagem de cada bloco e encerrar o episódio com uma grande cena. A impressão que se tinha era quem em um determinado momento a novela terminaria no meio de uma conversa, sem mais, nem menos.

A falta de cuidado da direção com a caracterização dos personagens como as cicatrizes de Virgílio (Nando Rodrigues/Humberto Martins) e Cadu (Reynaldo Gianecchini) abalaram a credibilidade do projeto.

O roteiro apresentou ainda vários furos como sumiço da mãe do artista plástico, a repentina fertilidade de Juliana (Vanessa Gerbelli) e a já citada diferença de idade entre boa parte dos personagens.

Muitos desses problemas teriam sido evitados ou amenizados com uma direção mais atenta. Apesar de serem amigos pessoais, Jayme Monjardim não combina com o estilo de Manoel Carlos justamente pelas semelhanças que possuem.

Maneco precisa de um diretor com uma mão mais ágil para dar ritmo às histórias do autor.

Fonte: Com informações do Msn

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