A diferença está no propósito -

Ter um emprego ou ter uma carreira?

Ao longo de minha jornada profissional e pessoal, me deparei com vários tipos de profissionais, das mais diversas ocupações, com diferentes talentos, pontos de vista e níveis de relacionamento com seu trabalho.

Mas, no fim das contas, posso dividir essas pessoas em dois grupos: os que “brilham” os “opacos”. É elaborar o óbvio dizer que o primeiro grupo é consideravelmente menor que o segundo.

Os profissionais que brilham são mais engajados, entregam mais resultados, são dinâmicos e trabalham com o time. Atualizam-se continuamente e dão atenção aos clientes – internos e externos – ao cenário externo, aos concorrentes e parceiros. Entendem que resultados são fruto de um trabalho consistente e baseado em negociações ganha-ganha em todas as esferas. Empreendedorismo, inovação e qualidade são marcas indeléveis dos profissionais que brilham. Acredito que estes são os que tem uma CARREIRA, não um emprego.

stamos falando aqui de algo diferente do que a “ditadura do sucesso” apregoa e nomeia como CARREIRA. Buscamos um sentido mais amplo, visceral e sustentável. Nessa linha, a CARREIRA é muito mais que uma ocupação de onde tiramos o sustento e que garantira a posse de coisas e poderes; mas um modo de vida, uma consciência firme de quem é, de onde quer chegar, o que quer fazer para chegar, quem mais beneficiará quando chegar e (o mais importante) o que ficará DEPOIS que for.

E essa consciência é independente do nível de conhecimento ou experiência. Estes fatores contribuem, mas são periféricos. Uma pessoa com uma ideia clara sobre a carreira sabe, inclusive, aquilo que lhe falta e parte em busca de obter, seja em termos de bagagem teórico-técnica, experiência ou competências. Um profissional de amplo conhecimento e experiência, mas que não tenha objetivos, tem pouca chance de não ser medíocre.

Por outro lado, a legião de profissionais opacos faz o mínimo possível, estabelecem relações tóxicas e seu trabalho é pouco consistente. Falta planejamento, qualidade, atenção ao detalhe e aos públicos. Negociações ganha perde são comuns (mas que fecham as portas para outros negócios). Frases do tipo “eles fingem que me pagam e eu finjo que trabalho” são comuns. Baixo resultado, insatisfação e sofrimentos físicos e emocionais são indicadores de que a pessoa tem um EMPREGO, não uma carreira.

O que difere, fundamentalmente, um grupo do outro?

Os fatores e variáveis são muitos, mas, no meu ponto de vista confluem para uma única questão: TER OU NÃO TER UM PROPÓSITO.

Dificilmente um profissional brilhante não tem um propósito ou trabalha em desacordo com ele. Do mesmo modo que é muito comum questionarmos alguém “da média” e não encontrarmos ali um propósito, uma mola propulsora que o impulsione para ser mais e melhor.

Mas, o que vem a ser esse PROPÓSITO?

Essa vai ser uma resposta muito particular, mas podemos concluir que o propósito está balizado em quatro dimensões:

O autoconhecimento: saber quem é, o que quer de si, da vida e da carreira; pontos fortes, fragilidades, competências que possua ou que deseja possuir;

A dimensão da realização: o que te realiza, te motiva? Quais são as atividades que você faria caso o dinheiro não fosse problema? Se fosse para fazer algo pelo resto da vida, o que seria?

A dimensão do retorno: não pode haver propósito sem compensação. Se a balança entre o dar e o receber não estiver equilibrada, seu propósito se esgota e passa a ser um fardo. O retorno pode (e deve) ser de ordem financeira, mas isso não é o mais importante, há que se ter uma profunda ligação emocional com o propósito.

A dimensão espiritual: sem nenhuma conotação religiosa, essa dimensão contempla os aspectos transcendentais de nosso propósito. Para além de você mesmo, como o seu propósito impacta positivamente na vida das pessoas, da sociedade o do mundo? Depois que você for, seu propósito se converterá num legado positivo?

E você, tem um propósito? Se tem, o que você faz atualmente está alinhado com ele? Você considera que tem um emprego ou uma carreira?

Dá trabalho, mas é muito menos do que a energia necessária para viver uma vida aquém do que ela pode oferecer.

Fonte: Com informações de recursosehumanos.com.br

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