'População vive com medo' -

W. Dias contesta o programa eleitoral que mostra 'melhorias' na segurança

Na madrugada desta quarta-feira (10.09), bandidos fortemente armados causaram terror em Piracuruca, um dos municípios mais importantes da região Norte do Piauí. Eles assaltaram e explodiram caixas eletrônicos do Banco do Brasil, metralharam a delegacia de policia e levaram grande quantidade em dinheiro.

A ação da quadrilha, formada por pelo menos 16 homens, é mais uma demonstração da existência de uma onda de violência, com assassinatos, assaltos e outros crimes no Estado. Também revela o descontrole na gestão da Segurança Pública do Estado.

Esta não é uma ação isolada. Segundo recente reportagem da Rede Record de TV, em 2003, o Piauí tornou-se o campeão em assaltos com explosões de agências bancárias e caixas eletrônicos.

E não se está aqui inventando nada. A própria Polícia Civil confirma isso. No início deste mês, mais precisamente no dia 5, por exemplo, o Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (Sinpolpi) confirmou que agosto entraria para a história como o que registrou o maior número de assassinatos no Piauí em todos os tempos. Foram 73 assassinatos no mês, a maioria envolvendo jovens e adolescentes envolvidos com uso ou tráfico de drogas.

De acordo com o Sindicato, alguns dos crimes apresentaram características de execução sumária. Pelos números apresentados pelo Sinpolpi, foram assassinadas, em média, duas a três pessoas por dia no mês de agosto de 2014 no Piauí. E o Sindicato não tratou de outros crimes, como assaltos, roubos e estupros. Ou seja, os próprios policiais consideram que a situação é grave.

Mas tão grave quando essa onda real de violência que toma conta do Piauí é a postura do atual governo. Em vez de assumir seu papel de prover a Segurança e tentar pelo menos amenizar ou controlar a situação, o governo faz de conta que está tudo bem e passa a impressão de que esse não é um problema dele. Faz é programa de cunho eleitoreiro na TV para colocar a culpa pelo caos na Segurança na oposição. Uma demonstração de deboche contra o povo.

Acusar adversários do governador Zé Filho (PMDB), candidato a reeleição, de espalharem onda de boatos sobre violência para aterrorizar a população é um desrespeito aos cidadãos. É o mesmo que chamá-lo de burro. É dizer que está tudo bem, tudo normal, tudo tranquilo e que a população não está sentido na pele essa anormalidade. É uma ilusão.

Tentar dizer que é tudo mentira da oposição e que está tudo sobre controle é tentar tapar o sol com uma peneira. Isso sim é mentira. O governo mente. Onde está tudo normal? Pergunte a qualquer pessoa, de qualquer idade, qual o maior problema que ele vive hoje e a resposta imediata será: falta de segurança. Esse problema supera até mesmo o caos na saúde, outro calo no sapato do governo e motivo de mais sofrimento para os piauienses, notadamente os mais humildes.

Não há dúvidas que, neste caso específico da onda de violência, quem falta com a verdade é o governo estadual. Segundo dados do Ministério da Justiça, a violência no Piauí aumentou em 200% no atual governo. Essa fonte é a mesma usada pelo próprio governo para mostrar que a violência já foi maior (outra mentira) em anos anteriores.

Ora bolas! A população não quer saber se a violência foi maior ontem ou anteontem. Ela quer saber é de hoje. Quer é uma ação firme do aparelho de segurança, porque sente que está na mira das armas e nas mãos dos bandidos. A sociedade vive com medo e vê um estado incapaz de responder à altura essa demanda por segurança e para garantir, pelo menos, o direito mais importante do ser humano: a vida.

Esse deboche do governo na TV é tão feio quanto ele jogar a culpa de sua incompetência nas famílias, na população e na sociedade como um todo. Segurança não é privilégio. É obrigação do Estado. Ocorre é que o Estado do Piauí está à deriva.

O governador Zé Filho está toda hora na TV e só pronuncia verbos no futuro. "Vou fazer", ou "vou buscar" ou "vou resolver". É como se ele não fosse o governador ou estivesse chegando agora no governo e não há quatro anos, quando assumiu como vice.

Ele precisa fazer é agora. Ele é o governador. Tem de resolver os problemas é agora, antes que a situação piore mais ainda. Ele precisa parar de ficar dizendo que vai fazer e que quer uma chance para mostrar que é capaz. Essa chance ele já ganhou sem nenhum esforço. O cargo de vice e depois o de governador caíram no colo dele até por soberba de outros políticos do partido do qual ele é um dos lideres.

O governador precisa lembrar-se do que disse Geraldo Vandré: quem sabe faz a hora não espera acontecer. Faça sua hora Zé. Não se engane e nem tente enganar a população. Até porque, pelos dados de todas as pesquisas realizadas nos últimos três meses, parece que a sua hora já tem dia certo pra acabar. E faça logo governador, porque o tempo, o senhor de tudo, não espera e nem volta atrás.

Fonte: Com informações da Assessoria

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